Tocantins registrou a maior alta do volume de fretes no período, 149,5%. O Pará ficou em segundo lugar, com 67,5%. Em seguida aparecem Amapá (28,9%) e Amazonas (26,8%),
O forte movimento de digitalização dos fretes impulsionou o crescimento (Foto: Reprodução)
A FreteBras, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, acaba de lançar a 6ª edição do “Relatório FreteBras — O Transporte Rodoviário de Cargas”, com base na análise de 8 milhões de fretes publicados em 2021. De acordo com o estudo, o volume de fretes rodoviários na região Norte do Brasil aumentou 66,7% no ano passado, quando comparado a 2020.
O forte movimento de digitalização dos fretes impulsionou o crescimento, sendo que as micro e pequenas transportadoras foram as mais beneficiadas por esse processo de transformação digital, com um aumento de 110% dos novos cadastros na região, na plataforma da FreteBras.
O estado do Tocantins registrou a maior alta do volume de fretes no período, 149,5%. O Pará ficou em segundo lugar, com 67,5%. Em seguida aparecem Amapá (28,9%), Amazonas (26,8%), Rondônia (18,9%), Acre (12,1%) e Roraima (3,1%).
No Tocantins, a boa produção agrícola puxou o crescimento dos fretes. Em 2021, o estado registrou um dos melhores índices de exportação de sua história, garantindo uma elevação de 35% em relação a 2020, ano em que o primeiro recorde foi alcançado. A soja foi o principal ativo agropecuário, responsável por 70% de todo o valor arrecadado em exportações. De 2020 para 2021, a plataforma da FreteBras identificou um crescimento de 83,1% nos transportes do item originados no Tocantins.
A pandemia acelerou a digitalização de vários setores e impactou, principalmente, as micro e pequenas empresas que tiveram dificuldades para suportar as mudanças impostas pela nova normalidade. No segmento de Transportes e Logística, entretanto, a situação foi diferente. Essa transformação impactou positivamente no aumento do volume de fretes em 2021.
Na plataforma da FreteBras, houve um crescimento de 62% de novos cadastros de micro e pequenas transportadoras em todo o Brasil, na comparação com 2020, que por não terem o empecilho de uma frota própria, conseguiram se adaptar rapidamente ao digitalizar os fretes. No norte, o Pará foi o estado que mais cresceu no número de novos cadastros de micro e pequenas. O aumento foi de 114%.
“O ano passado marcou uma intensa transformação que foi iniciada em 2020. As micro e pequenas transportadoras tiveram maior facilidade de se adaptar a esse novo cenário, em função de seu tamanho e menor investimento em ativos imobilizados, como frotas próprias. Todo esse movimento refletiu diretamente em nosso relatório, já que o crescimento de novos cadastros dessas empresas foi bastante expressivo, ajudando a movimentar ainda mais o mercado de fretes”, acredita Hacad.
Segundo o relatório, o ano de 2021 foi marcado por diversos desafios, pautados principalmente pelo cenário político-econômico interno e agravados pelas incertezas da pandemia. A inflação superou os dois dígitos, chegando a 10,06%, o que provocou uma resposta direta do Banco Central. A taxa SELIC aumentou sete vezes, passando de 2% para 9,25%, em apenas um ano.
“Um dos maiores vilões do transporte rodoviário de cargas é o preço do combustível, que tem puxado grande parte dessa alta da inflação. O aumento no diesel superou os 48% no ano passado, enquanto o preço do frete aumentou só 2%. Entretanto, percebemos que o mercado de fretes rodoviários não parou, com demandas cada vez maiores. Para dar uma ideia, registramos crescimento de mais de 37% em nossa plataforma no período”, destaca o diretor de Operações da FreteBras, Bruno Hacad.
Os dados que compõem a 6ª edição do “Relatório FreteBras — O Transporte Rodoviário de Cargas” têm base no fluxo de dados da FreteBras. Com mais de 640 mil caminhoneiros cadastrados e 17 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 95% do território nacional.
Fonte: FreteBras
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