Prazo de entrega de veículos novos para empresas chega a 180 dias

O prazo para o fornecimento de automóveis novos para o segmento do varejo reduziu, alcançando quase a normalidade. Por outro lado, frotistas ainda são afetados pelo tempo prolongado para recebimento dos veículos. Atualmente, as empresas aguardam entre 150 e 180 dias para receber os veículos zero quilômetro. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado do Amazonas (Sincodiv-AM).

De acordo com o presidente do Sincodiv-AM, João Braga Neto, desde o último mês as concessionárias tomaram ‘fôlego’ em relação ao abastecimento de veículos. Ele afirma que há modelos que estão disponíveis à pronta entrega e outros, levam até 30 dias para serem entregues ao cliente, prazo que é considerado dentro da normalidade.

Neto explica que no caso da venda direta, que é a modalidade de negócio que atende pessoa jurídica, e segmentos específicos como o de taxistas, por exemplo, o tempo para a entrega dos carros ainda é extenso, alcançando os 180 dias. A alternativa para esse segmento, segundo o presidente, é se programar para manter a frota até conseguir a renovação.

“A tendência é que a disponibilidade dos veículos melhore cada vez mais. Algumas lojas conseguem atender com modelos específicos, à pronta entrega. E outros modelos, demoram em média 30 dias para serem entregues”, relatou.

Segundo o diretor regional da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA), Sidney Galdeano, o aumento na taxa de juros e o gargalo no processo produtivo automotivo afetam o setor de locação, no estado. Ele relata que as empresas aguardam entre 150 e 180 dias para receberem os veículos novos.

Galdeano afirma que a demanda pela locação de veículos é crescente, seja por parte de pessoas físicas ou jurídicas.

“Anteriormente o prazo para a entrega dos carros era entre 30 e 45 dias e por conta dos problemas enfrentados pelas fabricantes esse prazo chega a até 180 dias, atualmente. As locadoras ainda enfrentam outros problemas como os juros altos dos financiamentos e o aumento mensal nos valores dos automóveis, reajuste repassado pelas fabricantes”, comentou.

Texto: Priscila Caldas

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