Adoção de estratégias para 'driblar' a falta de componentes e manter as linhas produtivas em operação, atendendo à demanda reprimida, contribuíram para o crescimento.
Setor de duas rodas faturou R$ 3,3 bi no bimestre. (Foto: Reprodução)
O setor de Duas Rodas do Polo Industrial de Manaus (PIM) faturou R$ 3,3 bilhões no primeiro bimestre deste ano, o que representa um crescimento de 78% em relação a igual período do ano anterior. O resultado para o bimestre foi o maior dos últimos seis anos. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) atribui o desempenho positivo à adoção de estratégias para ‘driblar’ a falta de componentes e manter as linhas produtivas em operação, atendendo, ainda, a uma demanda reprimida no mercado.
Conforme os indicadores de desempenho do PIM, divulgados pela Suframa, de janeiro a fevereiro o segmento de Duas Rodas, que engloba a produção de bicicletas e motocicletas, contabilizou faturamento de R$ 3.386.848.466. No primeiro bimestre de 2021 esse saldo foi de R$ 1.903.226.064.
A Abraciclo afirma que as empresas associadas adotaram plano estratégico para garantir o suprimento das linhas de produção, fator que contribuiu para o desempenho positivo do segmento.
“Graças a isso (ao plano), gradativamente estamos atendendo à demanda do mercado”, disse o vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola.
Para o presidente da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, o crescimento no faturamento reflete o atendimento à demanda reprimida, resultante do período da pandemia da Covid-19.
“Há uma nítida demanda represada por veículos de duas rodas. O momento atual impôs uma mudança de hábito ao consumidor comum. De igual forma, o alto custo dos combustíveis tem criado uma tendência de entrada no mercado de duas rodas. Esses fatores tem contrabalanceado os problemas no fornecimento de insumos e de ordem econômica”.
Texto: Priscila Caldas
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