Dos 445.596,31m² abrangidos pelo novo programa, 39% serão para reflorestamento e paisagismo. De acordo com o projeto, serão plantadas 10.362 mudas.
Os espaços verdes serão uma das marcas do projeto Prosamin +(Foto: Tiago Corrêa/UGPE)
O Governo do Amazonas vai priorizar o reflorestamento de áreas degradadas e ampliar o espaço verde, no novo Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus e Interior (Prosamin+). A nova etapa do programa, que já tem financiamento de US$ 80 milhões aprovados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 30 milhões de contrapartida do Estado, terá pelo menos 172 mil metros quadrados de área reflorestada e de paisagismo, utilizando espécies nativas da região.
De acordo com o coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), engenheiro civil Marcellus Campêlo, isso representa cerca de 39% da área total de 445.596,31 m² que abrange todo o envoltório de obras de intervenção urbanística ao longo do Igarapé do 40, entre a avenida Rodrigo Otávio, na área conhecida como Manaus 2000, no bairro Japiim, zona sul, e a comunidade da Sharp, no bairro Armando Mendes, na zona leste.
De acordo com o projeto, serão plantadas 10.362 mudas no reflorestamento e 2 mil no paisagismo feito ao longo dessas intervenções. Os espaços verdes serão uma das marcas do projeto, mas o Prosamin+ compreenderá ainda a canalização do igarapé, obras viárias, sistema de coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana, ciclovias, construção de conjuntos habitacionais, de parques e praças, de quadras poliesportivas, de equipamentos públicos e pontos comerciais, além do reassentamento de 2.580 famílias que moram em áreas sob risco de alagação e desabamento.
Marcellus Campêlo explica que o reflorestamento urbano é um dos diferenciais inseridos no novo projeto. Nas etapas anteriores, diz ele, o plantio de árvores estava reservado à parte paisagística e nas áreas trabalhadas era feita a criação de solo para dar local às obras como parques urbanos, conjuntos residenciais, praças, entre outros equipamentos públicos.
O subcoordenador ambiental da UGPE, engenheiro florestal Otacílio Cardoso Júnior, afirma que o novo Prosamin+ está mais conectado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) na questão ambiental.
O reflorestamento, segundo ele, traz inúmeros benefícios, como a diminuição de gás carbônico (CO2) na atmosfera, atuando contra o aquecimento global, melhora o microclima local, cria ambiente favorável à fauna local, melhora a permeabilidade do solo, evitando erosões, e contribui, de uma forma geral, com a melhoria da qualidade de vida no entorno. “Além disso, a gente envolve a comunidade com o verde e as questões ambientais”, destaca.
O reflorestamento se distribuirá em duas áreas de intervenção do Prosamin+. A primeira delas, na comunidade da Sharp, é maior, medindo 318.511,75 m². Nesse local, a área de reflorestamento será de 100.891,19 m², o equivalente a 31,68% da obra, onde serão plantadas 9.277 mudas de árvores nativas e serão feitos 33.955,80 m² de paisagismo com a plantação de 1.162 mudas.
A segunda área na região da Manaus 2000, tem 127.084,56 m², onde serão reflorestados 9.413,56 m² (7,41% da área), com 1.085 plantas de espécies nativas. Além disso, serão feitos 28.404,75 m² de paisagismo, com a plantação de 807 mudas.
A ideia, conforme o projeto, é criar uma conectividade com fragmentos de florestas existentes, um deles a área de Proteção Ambiental (APA) Manaós, pertencente à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), considerada o terceiro maior fragmento de área verde urbana do mundo.
“Essa conectividade propicia melhoria do clima, beneficia a vida silvestre local e contribui para melhorar a qualidade de vida na região”, explica Otacílio Junior.
Com informações da assessoria
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