sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Hemorragia ocular afeta pacientes de surto após consumo de tucumã

Além de diarreia, vômito e dor abdominal, há pessoas que apresentaram sintomas acrescidos de sangramento ocular e dor na panturrilha após o consumo de tucumã.
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Tucumã
FVS coletou amostras de tucumã para realizar exames (Foto: Divulgação)

Após a morte de um menino de oito anos em Manacapuru, por suspeita de Doença Transmitida por Alimento (DTA), e a infecção alimentar de outras 29 pessoas, continua a busca ativa por novos casos no município. As pessoas suspeitas de estarem envolvidas no surto de DTA têm diarreia, vômito e dor abdominal e, nesta quinta-feira (15), cinco apresentaram sintomas acrescidos de hemorragia subconjuntival (“sangramento” ocular, onde é evidente uma mancha de sangue “vivo”) e dor na panturrilha.

A principal suspeita investigada pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), até o momento, é a de infeção após o consumo de tucumã – um fruto amazônico.

Em Manacapuru está sendo feito o rastreamento da cadeia produtiva do tucumã, coletando amostras do fruto desde o tucumãzeiro suspeito na comunidade rural até pontos de distribuição do produto em diferentes bairros de Manacapuru.

Ingestão de alimentos 

A orientação sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru (Semsa/Manacapuru) é que a população da comunidade Irapajé e da sede do município evite o consumo do tucumã, devido às suspeitas. No entanto, o envolvimento do fruto no surto ainda está sendo investigado, e não há indicação de não ingestão do fruto em outros municípios do Amazonas.

Os surtos de DTA são inseridos nas Doenças de Notificação Compulsória Imediata (DNCI), e as secretarias municipais de saúde devem notificar a FVS-RCP, obrigatoriamente em até 24 horas, suspeitas de agravos desse tipo de doença.

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Sem casos em demais regiões

“Não há registros de suspeitas de DTA por tucumã nos demais municípios do estado. A investigação está sendo realizada para descartar outras suspeitas, como a ingestão de água contaminada ou local insalubre de armazenamento do fruto, que poderia indicar suspeitas de doenças como leptospirose”, explicou o diretor-presidente da FVS-RCP, Cristiano Fernandes.

A investigação em Manacapuru inclui conversas dos técnicos com os moradores locais e o encaminhamento da amostra de tucumãs suspeitos para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen/FVS-RCP).

De acordo com o gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE/FVS-RCP), Alexsandro Melo, a análise bromatológica, destinada à verificação da composição, propriedades físicas, químicas, toxicológicas e ação do fruto no organismo, deve ser emitida no período de 48 a 72 horas. “Mas, caso seja necessário aprimorar as análises, o prazo pode ser estendido dependendo da complexidade da investigação necessária nas amostras”, detalhou.

Da Redação, com informações da assessoria

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