sábado, 7 de setembro de 2024

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Dados desmentem Bolsonaro e apontam recorde de desmatamento na Amazônia

Nos últimos quatro anos, conforme levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe), o desmatamento na Amazônia saltou de 7.536 km² para 13.235 km² ao ano.
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Desmatamento na Amazônia queimadas (Foto: Divulgação/Imazon)

Apesar de satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) alertarem para o aumento recorde de queimadas e áreas desmatadas na floresta amazônica no governo Jair Bolsonaro (PL), o Ministério das Comunicações anunciou na sexta-feira (20) a intenção de negociar com o bilionário Elon Musk o fornecimento de “tecnologia avançada” de “monitoramento” para “a preservação da floresta amazônica”.

Em encontro com Musk, o presidente afirmou “contar” com o empresário para que a “a Amazônia seja conhecida por todos” e, de acordo com o governante, combater supostas informações inverídicas sobre a região. Bolsonaro disse ainda que a floresta é “preservada”.

Os dados, porém, dementem o mandatário. Os 13.235 km² de floresta amazônica desmatada entre 1º agosto de 2020 e 31 de julho de 2021 —o Inpe mede o desmatamento de agosto de um ano a julho do ano seguinte— equivalem à área de nove cidades de São Paulo e representam aumento de 75% sobre os desmates de 2018, um ano antes de Bolsonaro assumir a presidência.

Na ocasião, 7.536 km² de mata foram ao chão. O recorde, no entanto, vem sendo batido ano após ano: Em 2019, foram 10,1 mil km² desmatados, no ano seguinte, 10,8 mil km². A menor taxa de desmatamento nos últimos dez anos foi registrada em 2012 (4,5 mil km²).

desmatamento

Novo recorde à vista

Apesar da promessa de Bolsonaro feita no ano passado na ONU de combater os desmatamentos no país, um novo recorde está prestes a ser batido: entre janeiro e abril deste ano, 5.070 km² de floresta amazônica foram derrubados.

“É 5% a mais do que no mesmo período do ano passado”, diz relatório do Observatório do Clima com os dados do Inpe. “Desde agosto passado, os alertas vêm batendo recordes: em outubro, janeiro, fevereiro e agora em abril.”

Apenas em abril — em plena estação chuvosa, historicamente com menos desmate —, a área derrubada na Amazônia foi de 1.012 km², 74% acima do recorde anterior para o mês, batido no ano passado (580 km²).

Desmatamento na Amazônia em abril:

2016: 439,32 km²
2017: 126,85 km²
2018: 489,52 km²
2019: 247,39 km²
2020: 407,2 km²
2021: 579,98 km²
2022: 1.012,5 km²

Com informações do Uol

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