Uma pesquisa feita por professores das universidades federais da Bahia e de Santa Catarina, o projeto “Ecossistema de desinformação e propaganda computacional do Telegram”,acompanha e monitora 69 grupos e 186 canais de extrema direita.
Em janeiro, segundo a pesquisa, chamou a atenção a presença de um número crescente, intensificado desde dezembro de 2021, de vídeos e áudios de conteúdos abertamente neonazista no app de mensagens.
Nos grupos monitorados as mensagens sobre a vacinação e a exigência de comprovação vacinal vêm, na maioria das vezes, cercadas de características conspiratórias. A pesquisa aponta ainda que no Telegram são comuns temas como os ataques ao STF, ao ex-presidente Lula, o descrédito das instituições públicas de saúde, meios de comunicação e jornalismo tradicionais.
A plataforma ignora alguns chamados da Justiça brasileira e do Ministério Público Federal engajados no enfrentamento à desinformação eleitoral.
O uso do Telegram na disseminação de fake news é alvo de preocupação para as eleições deste ano.
