sábado, 18 de maio de 2024

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Versão reforçada: crise de oxigênio em Manaus durou apenas 2 dias

Tese defendida pelo ex-ministro Eduardo Pazuello e pelo ex-secretário-executivo Élcio Franco sobre o desabastecimento de oxigênio em Manaus foi repetida por Marcellus.
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oxigênio

O ex-secretário de Estado da Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, repetiu, no depoimento que presta na Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 do Senado Federal nesta terça (15), o argumento de que o desabastecimento de oxigênio na rede hospitalar de Manaus durou apenas dois dias: 14 e 15 de janeiro. A afirmativa irritou os senadores do Amazonas que participam da CPI.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), lembrou que Marcellus que estava sob juramento e que os relatos das pessoas eram claros sobre o problema de desabastecimento. O senador Eduardo Braga (MDB) usou um vídeo datado de 26 de janeiro no qual um cidadão denunciava a morte de um sobrinho de 19 anos, ocorrida no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, por falta de oxigênio.

Após a exibição do conteúdo, Marcellus garantiu que não houve registro de morte por falta de oxigênio, naquele dia, no 28 de Agosto, e rebateu às imagens veiculadas dizendo que a “intermitência” no abastecimento da rede aconteceu somente nos dois dias referidos, mas confirmou que outros clientes da White Martins sofreram com o desabastecimento do oxigênio por mais tempo.

“Uma coisa é faltar na rede (do Estado). Outra coisa é [faltar] para paciente não hospitalizado”, defendeu-se Campêlo.

Subida no consumo do oxigênio questionada

O ex-secretário estadual de Saúde do Amazonas também foi questionado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) sobre o que anunciou no início da sessão de hoje, quando relatou que, até o dia 7 de janeiro, o consumo de oxigênio estava normal e que até o dia 13 já era nove vezes maior.

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“Como foi isso? O senhor não detectou o aumento contínuo no consumo deste insumo?”, questionou o senador.

Após a indagação do senador sergipano, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), interviu e antecipou a resposta de Campêlo, lembrando que houve uma decisão do Governo do Amazonas por decretar lockdown em Manaus a partir do dia 26 de dezembro, mas que teve que voltar atrás pela pressão de empresário e ver a explosão de casos poucos dias depois.

Campêlo reafirmou a versão apresentada por Aziz, mas a resposta irritou vários senadores, como a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que acusou o ex-secretário do Amazonas de tentar infantilizar a comissão, pois “é impossível comparar os números de mortos e essa tese de que faltou oxigênio apenas por dois dias”.

Da Redação

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