sexta-feira, 29 de março de 2024

faça parte da Comunidade RT1

Pesquisar
Close this search box.

PCdoB quer frente ampla da esquerda para governo do Amazonas em 2022

A frente ampla tão defendida, mas não concretizada em 2020, segue no discurso do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) para as próximas eleições gerais.
COMPARTILHE
PCdoB

Com a crescente discussão sobre as eleições gerais de 2022 em todo o país, principalmente voltada para o “petismo vs. bolsonarismo”, a esquerda vai precisar driblar o favoritismo de Jair Bolsonaro para ter chance de vencer. No Amazonas, isso já está na cabeça do presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-AM), Eron Bezerra, que declarou ser pré-candidato ao governo no ano que vem.

“Eu sou pré-candidato ao governo do Amazonas, mas dentro dessa pré-condição: de a gente ter a capacidade de construir uma frente ampla [da esquerda]. Eu não serei candidato para marcar posição, serei candidato se for possível nessa frente ampla baseada no slogan ‘deixa a ciência tentar'”, revelou, reforçando que só será candidato para cargo majoritário.

Não é de hoje o discurso de que a esquerda quer “uma frente ampla” na política. No entanto, as divergências entre os partidos, especialmente em Manaus, em que os partidos não conseguem chegar a um consenso de projeto é o que acaba não levando para frente o que esses grupos chamam de “projeto da frente ampla”.

Exemplo disso, foram as eleições municipais de 2020, em que foi discutido essa parceria de frente ampla entre os Partidos dos Trabalhadores (PT); Socialismo e Liberdade (PSOL); Comunismo do Brasil (PCdoB); Rede; Socialista Brasileiro (PSB); Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU); e Democrático Trabalhista (PDT). Mas todos se separaram e somente PT, PSOL e Rede se uniram, já PCdoB e PSTU disputaram, ambos, uma chapa puro-sangue. PSB e PDT se uniram ao “centrão”, de Ricardo Nicolau (PSD).

Se houvesse essa frente ampla, como confirmou Eron, talvez o deputado federal José Ricardo (PT), que ficou em terceiro lugar na eleição de 2020, tivesse conseguido chegar ao segundo turno. “Eu acho que o [Zé] Ricardo poderia chegar ao segundo turno, mas por que não houve, então, unidade? É um direito deles, nós respeitamos, paciência”, afirmou Eron, que, para a próxima eleição vai tentar o projeto “frente ampla da esquerda” novamente.

Deixa a ciência tentar

“O slogan da minha campanha já é esse. O que eu estou tentando propor para a população é deixar a ciência tentar resolver os nossos problemas. Toda e qualquer solução do mundo foi encontrada pela ciência e não pelos aventureiros”, afirmou, reforçando que pretende unir um corpo técnico para gerenciar o estado, caso seja eleito.

Lula vs. Flávio Dino

De acordo com Eron, tudo pode acontecer nas eleições 2022, inclusive uma aliança entre o ex-presidente Lula e o atual governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). “Mas nós não queremos apenas isso, queremos uma frente ampla mesmo, como eu sustento que aqui [Amazonas] se já tivéssemos, hoje o Amazonas seria governado pela esquerda”, disse Eron.

Por isso, para ele, o que está em debate novamente para o próximo ano são dois projetos (PT e PCdoB) e, a priori, o Partido Comunista tem o seu pré-candidato que é, obviamente, Flávio Dino. “Mas como o nome diz é uma prévia, o que não significa que vamos deixar o debate. A segunda linha é que nós dependemos de uma unidade ampla das forças progressistas e de outras forças nacionais interessadas em derrotar esse projeto [bolsonarismo]”, afirmou.

Texto: Milena Soares

Leia mais:

COMPARTILHE
MAPA DA DESIGUALDADE