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Para desfazer a trapalhada orquestrada pelo Ministério da Saúde, o Governo do Amazonas precisou fretar um voo da empresa CTA. Utilizar a aeronave modelo Cessna 208 Caravan foi a solução encontrada para garantir que as doses de vacina desviadas por engano para o Amapá chegassem a Manaus ainda na madrugada desta quinta-feira (25). O episódio mostra que o desconhecimento da geografia brasileira pode trazer prejuízo aos cofres públicos que, nesse caso, foi algo em torno de R$ 38 mil. Nada de se estranhar para um ministério cujo titular já “conectou” Norte e Nordeste ao Hemisfério Norte.
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Desta vez, os servidores do Ministério da Saúde fizeram uma confusão com as siglas que não é muito rara. O senador Randolphe Rodrigues (Rede-AP), por exemplo, já surgiu em matérias jornalísticas de grandes veículos nacionais como senador pelo AM. Ora, sigamos o raciocínio: se as duas primeiras letras de Pernambuco formam a sigla do estado nordestino, PE, porque as duas primeiras letras de Amapá são seriam também a sigla daquele estado nortista? De novo: faltar às aulas de geografia pode ter consequências catastróficas.
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É emblemático o fato de que a trapalhada feita pelo Ministério da Saúde com as vacinas tenha ocorrido justamente no dia em que o Brasil ultrapassou a triste marca de 250 mil mortes por Covid-19. Junte-se a isso o fato de que no Amazonas, antes de se completarem os dois primeiros meses de 2021, o número registrado de mortes por Covid-19 já ultrapassou o total do ano passado. O estado enfrenta, desde janeiro, uma segunda onda devastadora da doença.
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Os deputados federais Átila Lins (Progressistas), Silas Câmara (Republicanos), Alberto Neto (Republicanos) e Pablo Oliva (PSL) – metade da bancada do Amazonas, portanto – coassinam a autoria da Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC da Imunidade, ou Lei Silveira. A PEC teve a sua admissibilidade aprovada pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24) e dificulta a prisão de parlamentares. Por esse motivo, tem sido chamada por seus críticos de “PEC da impunidade”.
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O deputado estadual João Luiz (Republicanos) não faz coro com a maioria de seus colegas ao ofertar à população amazonense atividades físicas on-line por meio do projeto “Mova-se em Casa Amazonas”. Ao contrário, o deputado se torna voz dissonante. Na Aleam, os discursos ouvidos nas últimas semanas dão conta de que só é possível realizar atividades físicas nas academias. Isso que foi defendido por diversos deputados, ao pressionarem o Governo do Estado pela reabertura das academias.
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Era impossível assistir à performance dos deputados sem se perguntar se nunca lhes ocorria a ideia de que é possível realizar atividades físicas sem frequentar uma academia. João Luiz mostrou que pode, sim, ocorrer uma ideia do tipo na mente dos nossos deputados. O projeto “Mova-se em Casa Amazonas” começa na próxima terça-feira (2). Com transmissão ao vivo pelo Instagram do parlamentar (@joaoluizam), as aulas serão ministradas por profissionais da área de educação física a partir das 16h, duas vezes por semana, às terças e quintas-feiras.
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Um doce para quem adivinhar o tema dos pronunciamentos dos deputados Wilker Barreto e Dermilson Chagas (ambos dos Podemos) na tribuna da Aleam nesta quinta-feira (25). Sim, acertou quem disse que esbravejaram pelo impeachment do governador Wilson Lima. Nada de novo, portanto. O interessante é que no final de seu discurso, Dermilson Chagas pediu para a população seguir as suas redes sociais para saber mais detalhes sobre suas denúncias. Estaria o deputado querendo seguir também a carreira de digital influencer?
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A verdade é que o discurso monocórdico de Wilker e Dermilson não tem feito muito eco entre seus colegas. Afinal, há muitas questões muito mais urgentes a serem discutidas nesse momento de crise pandêmica. Os deputados parecem perceber que não seria uma boa ideia criar um grave crise política – com a deposição de um governante eleito pelo povo – no momento em que é mais premente combater a gravíssima crise sanitária que se abate sobre o Estado.
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Presidente da Comissão de Saúde da Aleam, a deputada Mayara Pinheiro tem defendido que o Governo do Estado realize a compra de vacinas de maneira independente. A deputada lembra que o Amazonas tem dinheiro para comprar os imunizantes. Para a deputada, a melhor ideia seria a aquisição das vacinas pelos laboratórios privados.