Ministro Wagner Rosário disse que órgão abriu cinco procedimentos para investigar ex-diretor de Logística do ministério, mas não pediu o afastamento dele do cargo.
Wagner Rosário e Omar Aziz tiveram embates duros durante o depoimento do ministro na sessão desta terça-feira da CPI da Covid (Foto: Reprodução)
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias, acusado de cobrar propina para a compra de vacinas, foi investigado pela Operação Hospedeiro da CGU e há cinco procedimentos abertos no órgão contra ele. Mas, questionado por Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o ministro admitiu que outros integrantes da pasta não sofreram averiguações. É o caso do ex-ministro Eduardo Pazuello, do ex-secretário-executivo Élcio Franco e do ex-assessor Marcelo Blanco.
Wagner Rosário também revelou que o órgão não solicitou o afastamento de Roberto Ferreira Dias do cargo de diretor do ministério, o que gerou irritação dos senadores. Randolfe Rodrigues afirmou que há uma sequência de atos irregulares e ilegais cometidos por Dias, mas a CGU não fez nada para conter as ações criminosas.
Omar Aziz (PSD) criticou o fato de a CGU não ter tomado providências contra ações indevidas de Roberto Ferreira Dias no Ministério da Saúde. O presidente da CPI lembrou que o órgão teve notícias de irregularidades em 2020, mas não comunicou o fato à Presidência da República.
“A CGU fez operação em outubro do ano passado, mas Roberto Ferreira Dias só foi exonerado depois de [o policial militar Luiz Paulo] Dominguetti dizer que ele [Dias] pediu um dólar por vacina. Sete meses depois. Alguém prevaricou dentro da CGU. Se não foi o senhor, algum servidor foi”, disse Omar Aziz.
Texto: Gerson Severo Dantas, com informações da Agência Senado
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