O deputado federal do Amazonas disse que é "típico do presidente buscar responsabilizar outros pelas suas obrigações" e citou a ação do Governo Federal na pandemia.
Marcelo Ramos é vice-presidente na Câmara dos Deputados (Foto: Divulgação)
A aprovação dos mais de R$ 5 bilhões para serem usados em 2022 no Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o fundo eleitoral, ainda está dando o que falar. O motivo? O valor saltou de R$ 2,03 bilhões, montante aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, último ano eleitoral.
Hoje (18), quem comentou o assunto foi o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), logo após alta médica, na porta do hospital Vila Nova Star.
Para Bolsonaro, a responsabilidade da aprovação dos R$ 5,7 bilhões do ‘fundão’ deve ser atribuída ao deputado federal Marcelo Ramos (PL), vice-presidente da Câmara.
“O responsável por aprovar isso aí é o Marcelo Ramos, lá do Amazonas, o presidente. Ele que fez isso tudo, porque se tivesse destacado, talvez o resultado tinha sido diferente. Então cobre em primeiro lugar do Marcelo Ramos”, respondeu o presidente aos jornalistas que o perguntavam sobre o tema.
Em outro momento, Bolsonaro disse que Marcelo Ramos, que presidiu a sessão na votação da LDO, “atropelou, ignorou, passou por cima e não votou o destaque que poderia impedir o fundão”.
“Pelo amor de deus o estado do Amazonas ter um parlamentar como este”, cutucou Bolsonaro.
Procurado pelo RealTime1 para comentar o posicionamento do presidente, Marcelo Ramos disse que é “típico do presidente arrumar alguém para responsabilizar” por algo.
“Se depender do Bolsonaro, ele não é responsável por nenhuma das mais de 540 mil pessoas mortas na pandemia, nem por 15 milhões de desempregados, nem por 19 milhões de brasileiros com fome e nem mesmo pela escandalosa tentativa de roubo na compra de vacinas. Ele deveria é dizer que vai vetar, mas vai tentar arrumar alguém para responsabilizar também, porque é típico dele e dos filhos correr das suas responsabilidades e obrigações”, respondeu o parlamentar.
Texto: Rosianne Couto, com informações do Congresso em Foco
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