Reajuste de 33,24% concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ignorou técnico do Ministério do Educação e não considerou a pressão nas contas dos governadores e prefeitos.
O custo para Estados e cidades com esse aumento será na casa de R$ 30 bilhões neste ano, de acordo com cálculos divulgados em nota pela Confederação Nacional de Municípios (Foto: Divulgação)
A menos de dez meses paras eleições de outubro, deputados bolsonaristas do Amazonas comemoram o reajuste de 33,24% no piso salarial dos professores anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
A medida é vista pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) como eleitoreira e deverá ter grande impacto nos cofres dos municípios brasileiros. A revisão no piso salarial do magistério vai elevar o valor mínimo dos vencimentos de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,34.
O deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos) ressaltou que esse é o maior aumento já concedido pelo Governo Federal desde o surgimento do piso salarial. Pegando carona no anúncio presidencial, Alberto Neto escreveu que “mais de 1,7 milhão de professores, dos Estados e Municípios, que lecionam para mais de 38 milhões de alunos nas escolas públicas serão beneficiados”.
O deputado estadual Delegado Péricles (PSL) afirmou que a falta de reconhecimento com a categoria teve a página virada com o maior aumento da história.
“Ainda caminharemos rumo à maior valorização e isso é demonstração efetiva de uma atenção nunca antes demonstrada e um ponto de virada pra quem tanto já fez e faz pelo Brasil”, postou o delegado em uma rede social.
O deputado federal Silas Câmara (Republicanos) também enfatizou o papel do presidente Bolsonaro no reajuste. Silas Câmara fez questão de registrar que os professores terão um aumento de R$ 1 mil.
Ao conceder o aumento, Bolsonaro contrariou o entendimento de alguns técnicos da área financeira do Ministério da Educação, e, sobretudo, de governadores e de prefeitos que terão suas finanças pressionadas.
O custo para Estados e cidades com esse aumento será na casa de R$ 30 bilhões neste ano, de acordo com cálculos divulgados em nota pela Confederação Nacional de Municípios.
Texto: Jefferson Ramos
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