Alessandra Campêlo, Joana Darc e Saullo Vianna criticaram a atuação do Sindicato dos Médicos e de seu presidente, Mário Vianna, a quem Alessandra chamou de farsante.
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A deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) disse que o presidente do Sindicato dos Médicos (Simeam), o médico Mário Vianna faz política eleitoral. A declaração foi dada durante o grande expediente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam) desta quarta-feira (29).
O presidente do Simeam é responsável pelas acusações de crimes de responsabilidade contra o governador do Estado Wilson Lima (PSC) e contra o vice-governador Carlos Almeida (PTB).
O documento de acusação é a peça que está sendo julgada na Comissão Especial de Impeachment, a qual tem a deputada Alessandra Campêlo como presidente e o deputado estadual Dr. Gomes (PSC) como relator.
Alessandra Campêlo (MDB) disse que a presidência dele no sindicato deveria ter sido encerrada em 2010, mas foi renovada nos mandatos posteriores.
A parlamentar afirmou que Mário Vianna é perito do Instituto Médico Legal (IML), e está à disposição da Secretaria de Estado de Saúde (Susam). Além disso, a parlamentar afirmou que o médico recebe um salário de R$ 22 mil, mas não presta serviços aos órgãos públicos de Saúde.
“Ele recebe pelo IML, é cedido para a Susam. Na Susam ele não trabalha, mas presta serviço para o Estado, e recebe indiretamente pela Susam através de cooperativas e empresas médicas. O Estado paga pra ele três vezes. Esse é o ‘cara’ mais honesto do mundo questionando os deputados”, disse.
A parlamentar também afirmou que o médico já foi condenado pelo Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM)por ter invadido uma maternidade , e que já chegou a quebrar um jarro na cabeça de outro médico. “Ele é um farsante”, acusou a deputada.
Alessandra também afirmou que o médico esteve na terça-feira (28) na Aleam, e questionou o fato, levando em consideração que somente pessoas autorizadas podem circular na Casa por conta da pandemia.
“Vou solicitar do setor de segurança para saber em que locais ele estava circulando e o que estava fazendo aqui”, disse.
A deputada estadual, Joana Darc (PL), que é líder do governo na Aleam, disse que o pedido de ordem, protocolado pelo Sindicado dos Médicos na Casa, é ilegal.
De acordo com a parlamentar, o pedido do Simeam solicita que os parlamentares que tiveram os nomes escritos em uma lista, encontrada na sede do governo do Estado pela Polícia Federal, com uma anotação de 5%, sejam afastados da Comissão de Impeachment.
“Como advogada eu estarei tomando todas as medidas contra o advogado que fez uma peça de questão de ordem, totalmente ilegal. Eu vou processar. Eu vou na OAB. Não vou admitir ser condenada antecipadamente por algo que eu não fiz e por algo que não se tem nenhum tipo de comprovação”, disse.
O deputado estadual Saulo Vianna (PTB) afirmou que vai passar a fiscalizar o Sindicado dos Médicos e outros sindicatos para obter informações acerca do que eles produzem para a sociedade.
“Esses que querem ‘passar do céu’ não são os ‘santos’ que pintam ser. Da mesma forma que eles acham que vão nos intimidar, vamos utilizar a nossa prerrogativa para fiscalizar”, concluiu.
O médico Mário Vianna reiterou ao PortalRealTime1 que a suspeição dos parlamentares que compõem a Comissão do Impeachment foi posta, não por ele, mas pela Polícia Federal durante a Operação Sangria.
Além disso, o presidente do Simeam respondeu à deputada Alessandra Campêlo, afirmando que é médico licenciado do IML e que, como presidente do Sindicato, está exercendo um direito.
“Eu não tenho que dar satisfação a ela (Alessandra) em nada. Estou disponibilizado ao exercício do mandato sindical que é um direito meu e eu já tenho várias decisões judiciais favoráveis a mim para que isso continue”, disse.
O doutor Mário Vianna também se direcionou à deputada Alessandra Campêlo, afirmando que não é candidato ao pleito de 2020 e afirmou que se a parlamentar ofendeu a honra dele, ele também vai “agir dentro da lei contra ela”.
“Ela tem que explicar as ligações do marido dela com uma empresa de oftalmologia que recebe, não sei quantos milhões por mês, por meio da Susam. Isso com certeza vai ser levantado pela CPI da Saúde”, disse.
Texto: Izaías Godinho
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