O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, senador Davi Alcolumbre evita marcar a sabatina há ao menos quatro meses. O senador quer apontar outro nome.
O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União é candidato a assumir uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). (Foto: Divulgação)
Quatro meses após receber a indicação do presidente Jair Bolsonaro, o senador Davi Acolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcou para a próxima quarta-feira, 1º de dezembro, a sabatina de André Mendonça.
O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União é candidato a assumir uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Se passar pela sabatina na CCJ, Mendonça precisa ter seu nome aprovado pelo plenário do Senado. Com o aval dos senadores, ele poderá substituir o ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou em julho deste ano.
No início do governo, Bolsonaro havia anunciado que iria indicar alguém “terrivelmente evangélico” para a Suprema Corte. O presidente se referia a Mendonça, que é pastor presbiteriano e homem de sua confiança.
Mendonça tem também o apoio da primeira-dama Michelle Bolsonaro para ser indicado ao STF. Líderes evangélicos passaram os últimos quatro meses pressionando Alcolumbre a marcar a sabatina na CCJ.
A sabatina terá como relatora a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que foi convidada por Alcolumbre. Ela disse que recebeu “com muita satisfação” a relatoria e que seu parecer “será centrado nos princípios constitucionais, tecnicamente, considerando aqui que é elementar, notável saber jurídico e reputação ilibada”.
Eliziane é evangélica e teve atuação de destaque na CPI da Covid. Durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito, a parlamentar afirmou considerar “promíscua” a relação entre o governo Bolsonaro e a igreja.
Da Redação, com informações do O GLOBO
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