De janeiro a 25 de maio de 2023, o Amazonas notificou 14.063 casos de dengue e, no mesmo período do ano passado, foram 4.996, um aumento de 181,48%.
Já as mortes provocadas pela doença estão em menor número. Foram sete mortes por dengue de janeiro a maio do ano passado, contra cinco no mesmo período deste ano.
Em todo o ano de 2022, foram registrados 12 óbitos pela doença e 5,4 mil casos no Amazonas. Os dados são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).
A edição do informe epidemiológico está disponível no site da FVS-RCP, com acesso direto pelo link: .
Na classificação de municípios do Amazonas com maiores taxas de incidência este ano, estão: Tonantins (4.690,6), Ipixuna (4.164,0), Jutaí (3.840,4), Humaitá (1.935,5), Tefé (1.900,4), São Paulo de Olivença (1.368,9), Guajará (1.343,6), Tabatinga (1.078,8), Maraã (705,0) e Lábrea (627,0).
Alto Solimões tem situação diferenciada
A partir desta edição, o Informe Epidemiológico da Dengue no Amazonas conta com um recorte da situação da dengue na região do Alto Solimões, onde o monitoramento é realizado pelo Laboratório de Fronteiras (Lafron), da FVS-RCP, por meio da Sala de Situação do Alto Solimões. O Lafron está localizado em Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus).
O monitoramento da dengue é realizado nesta região, principalmente, devido à Tríplice Fronteira, entre Brasil, Peru e Colômbia, área de importância de saúde pública em que há grande fluxo de pessoas transitando entre os países envolvidos.
Nesta região, no período de janeiro até esta quinta-feira, foram notificados 2.932 casos de dengue e foram registrados três óbitos pela doença.
Os casos em Manaus
O município de Manaus registrou este ano, de janeiro a 11 de maio, 208 casos confirmados de dengue, em uma redução de 73,6% em relação ao período de janeiro a maio de 2022, quando houve a confirmação de 787 casos.
Nesse mesmo período, o número de casos notificados de dengue chegou a 785, apresentando redução de 35,7% em relação ao ano passado.
O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, explica que o período sazonal para as doenças transmitidas pelo Aedes segue de novembro a maio, com a reprodução do mosquito sofrendo influência das variações da temperatura, e a população deve manter o alerta para evitar risco de ter criadouros do mosquito nos imóveis.
“Nessa época de chuvas e calor, há mais risco para a proliferação do mosquito. A população pode colaborar com a aplicação do Check List 10 Minutos contra o Aedes, que é uma estratégia utilizada pela Secretaria Municipal de Saúde, a Semsa, para orientar os moradores sobre a importância de uma vistoria semanal nos imóveis, utilizando apenas 10 minutos, para eliminar criadouros. Como o ciclo de vida do Aedes, do ovo ao mosquito adulto, leva de sete a dez dias, uma ação semanal vai conter a proliferação de doenças”, orienta Alciles Comape.
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