quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Lojas de seminovos ‘driblam’ desabastecimento e mantêm vendas

Mesmo em meio às dificuldades para repor os estoques, revendedores de veículos usados conseguem atender à demanda.
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As vendas de veículos usados cresceram 11,6% em julho, em relação ao mês anterior. O setor também teve incremento de 16,5% no acumulado do ano em relação a igual período de 2020. Mas, quando comparado a julho de 2020 o segmento registrou queda de 7,6% nas comercializações. Os dados são da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

Conforme a federação, em julho o estado foi responsável pela comercialização de 10,9 mil automóveis seminovos. Enquanto em junho, foram vendidos 9,7 mil automóveis usados. Houve crescimento de 11,6% nas comercializações.

Os números também foram positivos no acumulado de janeiro a julho deste ano, período em que 57.361 automóveis foram comercializados, frente às 49.249 unidades vendidas nos sete meses de 2020. Houve incremento de 16,5%.

Apesar da alta, cenário continua difícil

Conforme o empresário da loja Kodó Veículos, Diogo Augusto, as vendas em julho tiveram incremento de 15%. Porém, apesar do resultado positivo, ele afirma que o cenário é preocupante e que a falta de veículos novos no mercado atrapalha a reposição de veículos nas lojas.

“Só vende quem está conseguindo fazer estoque. Tá muito difícil conseguir comprar carros bons devido à falta de produtos novos. Eu nunca imaginei um cenário como esse. Acho que isso deve perdurar até o próximo ano”, avalia.

Segundo Augusto, atualmente ocorre um desequilíbrio entre oferta e demanda. Ele conta que para repor veículos nas lojas tem negociado carros de amigos e parceiros.

“Ainda consigo comprar carros novos por amizade. O carro leva em média de 15 a 25 dias para chegar à Manaus. Vamos tentando  manter de alguma forma o movimento no mercado. Eu compro tudo que aparece  para o ciclo para não parar de girar”, declarou.

O presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos, concorda que o setor sofre impactos pela diminuição na produção de automóveis no país.  

“O setor é impactado pela diminuição na produção de carros novos, pois quando a oferta dos mesmos diminui e não acontece com a fluidez necessária, é criada uma distorção para quem deseja e precisa comprar um veículo, seja para o trabalho ou para o lazer. Naturalmente, o carro usado é a entrada de um novo. Mas, se o cliente quer mesmo um zero, mas não encontra, ou tem uma demora para recebê-lo vai procurar alternativas viáveis e mais rápidas, buscando veículos mais novos que o dele e realimentando a cadeia de negócios”, explicou.

Texto: Priscila Caldas

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