Para economista, quem quiser resgatar seu dinheiro esquecido em contas antigas de bancos deve priorizar pagar dívidas, fazer alguma compra reprimida ou investir.
Site do BC para consultar dinheiro esquecido teve 87 milhões de consultas (Foto: Reprodução)
Há pelo menos R$ 8 bilhões que não foram sacados por titulares de contas em bancos de todo o País e desde o último dia 14, esse valor pode ser consultado no site disponibilizado pelo Banco Central (BC). O impacto desse resgate na economia e as orientações para os contemplados foram detalhados ao RealTime1 pelo presidente do Conselho Regional de Economia no Amazonas (Corecon-AM), Marcus Evangelista.
Para o economista, o montante extra equivale ao pagamento de um 13º salário para quem conseguir resgatar o residual. “Com esse valor extra, as pessoas devem correr para pagar as dívidas, fazer algumas compras ou reaplicar e isso obviamente tem um aquecimento da economia”, afirma.
Conforme o último balanço do BC, foram 87 milhões de consultas ao site, sendo que 80% das consultas não encontraram recursos nessa primeira etapa, em que estão disponíveis R$ 3,9 bilhões de 28 milhões de pessoas ou empresas. Mas a partir de maio, começa uma nova etapa quando as pessoas serão orientadas a fazer uma nova consulta.
Para Marcus Evangelista do Corecon, a orientação mais prudente sempre é pagar as dívidas. especialmente as que geram juros mensais. “Se ele não tem dívidas, então ele pode fazer alguma ‘compra reprimida’ e, não sendo nenhum desses casos, fazer uma aplicação”, orienta.
O economista alerta para que as pessoas busquem informações inclusive na internet sobre investimentos dentro da margem que elas conseguiram sacar. “Conversar com o gerente é sempre bom para identificar aplicações. Inicialmente a própria poupança pode ser uma boa opção, mesmo tendo a menor taxa de rendimento. Outra alternativa é a renda fixa que tá pagando bons rendimentos”, diz.
Ele também orienta as pessoas a avaliarem os bancos digitais, que estão crescendo e na busca de diferenciarem-se dos bancos tradicionais, não cobram uma série de taxas de serviços.
Evangelista afirma que conforme balanço do próprio BC, pelo menos 50% das contas que não tiveram saques são de pessoas que já morreram, situação que ganha maior dimensão no momento da pandemia do coronavirus. “Neste caso os herdeiros ou familiares vão ter que buscar o CPF para fazer a busca no BC. Depois é enfrentar a burocracia para reaver esse valor”, enfatizou.
Texto Emerson Medina
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