Com forte reação do setor de comércio, o desemprego recuou no trimestre encerrado em janeiro, de acordo com a PNAD Contínua divulgada pelo IBGE, nesta sexta-feira (18).
Segundo o IBGE, o emprego no Comércio já supera o período pré-pandemia (Foto: Tomaz Silva/ABr)
A taxa de desocupação caiu para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, recuo de 0,9 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, encerrado em outubro. É a menor taxa de desemprego para o período desde 2016, quando registrou 9,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já população desocupada foi de 12 milhões de pessoas, queda de 6,6% na mesma comparação, o que representa uma redução de 858 mil pessoas. No confronto com o mesmo período do ano anterior, a queda no percentual de desocupados é de 18,3%, o que representa 2,7 milhões de pessoas a menos em busca de trabalho.
A pesquisa também mostra que aproximadamente 95,4 milhões de pessoas estavam ocupadas, uma alta de 1,6%. Já o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 55,3%, mais 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior.
De acordo com a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o setor de comércio influenciou positivamente o resultado. “A expansão do comércio indica a manutenção da tendência de crescimento dessa atividade, principalmente, a partir do 2º semestre de 2021. No trimestre atual, a população ocupada no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (18,4 milhões de pessoas) já supera a registrada no período pré-pandemia (trimestre móvel de dez-jan-fev de 2020) ”, afirma.
No que diz respeito à informalidade, janeiro registrou 38,5 milhões de trabalhadores informais (40,4% da população ocupada), taxa menor que a do trimestre anterior (40,7%) e maior que o mesmo período do ano passado (39,2%).
Já o rendimento real habitual voltou a cair: menos 1,1% em relação ao último tri e uma queda ainda maior, de 9,7%, frente ao mesmo trimestre de 2021, ficando em R$ 2.489 de média. Nenhuma categoria apresentou alta no rendimento. Na indústria, houve queda de 4,1%, ou menos R$ 102), mesmo com alta na ocupação com empregos com carteira. “A retração dos rendimentos, que costuma ser associada ao trabalhador informal, esteve disseminada para outras formas de inserção e não apenas às relacionadas à informalidade”, explica Beringuy.
Com informações da Assessoria
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