Com 330 mil pessoas desocupadas, o Amazonas registrou nos três primeiros meses de 2021, a segunda pior taxa de desocupação (17,5%) desde o início da série histórica, em 2012.
Taxa de desocupação foi de 15,5% no primeiro trimestre de 2020 para 17,5% em 2021 (Foto: Reprodução)
Com 330 mil pessoas desocupadas, o Amazonas registrou nos três primeiros meses de 2021 a segunda pior taxa de desocupação (17,5%) desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012.
De acordo com os números divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação do estado entre os meses de janeiro e março deste ano só não é maior do que a registrada no primeiro trimestre de 2017, quando o índice chegou a 17,7%.
Segundo os dados do IBGE, a taxa de desocupação no Amazonas cresceu dois pontos percentuais no primeiro trimestre de 2021, passando de 15,5% entre janeiro e março de 2020 para 17,5% neste ano.
Neste período, o número de pessoas desocupadas no estado aumentou em 53 mil pessoas na comparação com o mesmo período do ano anterior; e 36 mil a mais, número que representa um aumento de 19%. Já em em relação ao trimestre imediatamente anterior (4º trimestre de 2020) houve acréscimo de 36 mil pessoas, ou um acréscimo de 12,2%.
O coordenador de Disseminação de Informações do IBGE Amazonas, Adjalma Nogueira, disse que a sazonalidade e a pandemia explicam o aumento do nível de desocupação no estado.
“O primeiro trimestre sempre traz uma grande carga de dispensa. Diversos contratos temporários são encerrados, tanto no setor público como no setor privado. Aqueles trabalhadores que foram contratados de forma temporária para suprir a demanda de final de ano, acabam perdendo seus postos de trabalho”, explicou Adjalma, lembrando ainda que o “primeiro trimestre marcou o momento grave da pandemia no nosso estado, quando o Amazonas teve a necessidade de limitar o movimento das pessoas”.
“Tudo o que impacta na população acaba também impactando no consumo e, consequentemente, nos empregos”, completou.
A taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2021 do Amazonas, de 17,5%, representa a sexta maior taxa entre os estados brasileiros. As maiores taxas foram registradas na Bahia (21,3%), Pernambuco (21,3%) e Sergipe (20,9%), e as menores taxas foram registradas em Santa Catarina (6,2%), Rio Grande do Sul (9,2%) e Paraná (9,3%).
No primeiro trimestre do ano, a taxa média de desocupação registrada no Brasil foi de 14,7%, então a taxa do Amazonas estava 2,8 pontos percentuais mais alta do que a média nacional.
O nível de ocupação, de 49,4%, é 1,7 pontos percentuais inferior ao nível registrado no trimestre anterior, e 4,2 pontos percentuais menor que o registrado no primeiro trimestre de 2020. O percentual mostra que menos da metade da população de 14 anos ou mais do Estado possui emprego.
Já a taxa de participação na força do trabalho, ou seja, o percentual de pessoas que estão ocupadas ou desocupadas, caiu 2,8 pontos percentuais no primeiro trimestre de 2021, na comparação com o mesmo período de 2020, mas manteve-se estável, na comparação com o trimestre anterior.
Texto: Lucas Raposo
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