A aprovação ou não do imunizante para esta faixa ainda depende da votação da Diretoria Colegiada da Agência de Saúde, que ainda está em andamento.
Avaliação veta uso do imunizante em imunocomprometidos e em crianças de 3 a 5 anos (Foto: Reprodução)
A área técnica da Agência Nacional Sanitária (Anvisa) sugeriu que a vacina Coronavac deve ser utilizada em crianças de 6 a 17 anos. A aprovação ou não do imunizante para esta faixa ainda depende da votação da Diretoria Colegiada do órgão, que ainda está em andamento nesta quinta-feira (20).
O pedido do Instituto Butantan era para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. No entanto, a área técnica entendeu que não há dados suficientes para reduzir a vacinação até esta faixa etária. A avaliação também veta o uso do imunizante em crianças imunocomprometidas.
O gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, que fez a apresentação da área técnica antes da votação, explicou que a ampliação da faixa etária para 3 a 5 poderá ser feita quando houver mais dados disponíveis.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) apoiam a autorização e a extensão do uso da vacina Coronavac para crianças de 6 a 17 anos.
Um estudo dos estudos usados para análise foi da vacinação no Chile, que tem resultado preliminar de efetividade na população de 6 a 16 anos. As evidências científicas disponíveis sugerem que há benefícios e segurança para utilização da vacina na população pediátrica.
A sugestão da área técnica é que a dose em crianças seja a mesma aplicada com intervalo de 28 dias.
“São os dados que temos maior informação [6 a 17 anos] e maior sugestão de desempenho. São os dados do Chile, de efetividade do Chile. Isso também é corroborado com os pareceres das sociedades médicas. E não imunocomprometidas porque essas crianças precisam de uma atenção especial, principalmente no que diz respeito a eficácia. A sugestão é que sejam vacinas crianças de 6 a 17 anos até que haja a apresentação de novos dados para subsidiar a ampliação da faixa etária”, disse Mendes.
O pedido é o segundo feito pelo Instituto Butantan. O primeiro, apresentado em julho, foi avaliado e negado por causa da limitação de dados dos estudos apresentados.
A vantagem da CoronaVac é a disponibilidade de doses, devido ao fato de que o imunizante parou de ser usado pelo Governo Federal.
Com informações da Folha de São Paulo
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