Pontífice diz que não ter descendentes 'tira nossa humanidade' e lamenta queda da taxa de natalidade. Em 2015, ele já havia feito crítica parecida sobre o tema.
Para o Papa, não ter filhos é uma decisão egoísta (Foto: Reuters)
O papa Francisco elogiou a paternidade e a adoção, em seu discurso na audiência geral desta quarta-feira (5), no Vaticano, e lamentou que os animais de estimação às vezes tomem o lugar dos filhos.
“Hoje vemos uma forma de egoísmo. Vemos que alguns não querem ter filhos. Às vezes têm um só e param por aí, mas têm cães e gatos que ocupam esse lugar”, afirmou o pontífice em sua primeira audiência geral do ano. “Isso pode fazer as pessoas rirem, mas é a realidade”.
Francisco também pede às instituições que facilitem os processos de adoção para tornar realidade o sonho das crianças que precisam de uma família e os casais que desejam acolhê-las.
“A negação da paternidade e da maternidade nos diminui, tira nossa humanidade, a civilização envelhece”, disse.
Ele voltou a criticar o chamado “inverno demográfico” e a “dramática queda na taxa de natalidade” registrada em muitos países ocidentais, convidando as pessoas a terem filhos ou a adotá-los.
“Ter um filho é sempre um risco, seja natural ou adotado. Mas mais arriscado é não ter. Mais arriscado é negar a paternidade, negar a maternidade, seja ela real ou espiritual”, insistiu Francisco.
Não é a primeira vez que o papa faz esse tipo de crítica. Em 2015, ele já havia dito que não querer ter filhos é um ato egoísta e que “uma sociedade com uma geração gananciosa, que não quer se cercar de crianças, que as considera fonte de preocupação, um peso, um risco, é uma sociedade deprimida”.
Com informações da Folha de São Paulo
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