sexta-feira, 29 de março de 2024

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Ouro do Madeira movimenta mais de R$ 2 milhões/semana e chega até Dubai

Reportagem especial produzida pelo RealTime1 percorreu a Calha do Madeira para mostrar os dilemas de uma região que tem a economia totalmente atrelada ao garimpo de ouro.
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ouro

Considerado por alguns especialistas como um dos mais valiosos do mundo, com um índice que chega a 97% de pureza, o ouro extraído de garimpos ilegais do rio Madeira é cobiçado em mercados internacionais e sai do Amazonas sem deixar divisas para o Brasil.

Do leito do rio, o ouro do Madeira viaja até a cidade de Dubai nos Emirados Árabes numa rota que passa por Porto Velho (RO) e Bolívia. O garimpo chega a movimentar mais de R$ 2 milhões por semana ilegalmente.

Essas foram algumas das revelações surpreendentes feitas à equipe do RealTime1 que percorreu a região para fazer uma série de reportagens especiais. Desde que a Polícia Federal e o Ibama apreenderam e destruíram dezenas de balsas numa operação contra o garimpo ilegal, o rio Madeira se tornou o foco de interesse e controvérsias entre pesquisadores, políticos e ambientalistas.

Muitas das cerca de 50 balsas usadas para o garimpo, ancoradas no rio Madeira, são também lares de famílias em situação vulnerável que vivem agora com medo da fome. Enquanto embaixo do chão de suas casas corre um rio que pode guardar uma fortuna em ouro no seu leito, é a miséria que bate a porta dos garimpeiros e suas famílias.

A segunda reportagem da série mostra o drama de pais de famílias que dizem não encontrar alternativas de trabalho fora do garimpo. Barqueiros, ambulantes e pequenos comerciantes dizem que o garimpo é fundamental para a economia dos municípios da região.

Apesar da maioria dos garimpeiros ouvidos pela reportagem dizerem ser proprietários de suas balsas, o sociólogo Marcelo Seráfico alerta que a exploração da mão de obra dessas pessoas vulneráveis deveria estar entre as principais preocupações das autoridades.

“É fundamental entender essas relações de trabalho para termos uma dimensão do tamanho do problema”, frisou Seráfico.

Outra questão destacada na reportagem são os danos à saúde causados pelo uso do mercúrio na extração do ouro.

O médico e pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Basta, afirma que os próprios garimpeiros e a população em geral podem estar sendo envenenados pela substância e revela que existem estudos que indicam que uma planta chamada Pau de Balsa pode, em breve, substituir o metal líquido.

Veja a reportagem completa aqui:

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