Batizada de Plástico Zero nos Igarapés de Manaus, iniciativa da FAS, em parceria com a Coca-Cola, contou com 200 voluntários ao longo de três ações no segundo semestre.
As ações foram realizadas por voluntários que adentravam as águas com a ajuda de botes (Foto: Samara Souza)
Em meio à programação da Virada Sustentável Manaus, o projeto ‘Plástico Zero nos Igarapés de Manaus’ encerrou o ano de 2021 com um total de 7,5 toneladas de resíduos recolhidos e 200 voluntários mobilizados. Durante três edições entre setembro e novembro, a iniciativa da Coca-Cola Brasil e da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) contou com o apoio dos grupos Remada Ambiental e Igarapés Limpos, além do Grupo Simões na ação de abertura.
As ações ocorreram na Marina do Davi, com coleta na orla da localidade, e na foz do Igarapé do Gigante, com o uso de botes.
Já a destinação do material foi dividida em duas frentes: os resíduos mais sujos e contaminados foram destinados ao aterro sanitário da cidade de Manaus, com apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). Por outro lado, os exemplares em condições melhores foram destinados à Associação de Catadores do Bairro do Tarumã, para que fossem vendidos e reciclados.
De acordo com Victor Bicca, diretor da Coca-Cola Brasil, mutirões como este são essenciais para a sensibilização social e integram uma frente ainda maior da Coca-Cola por um mundo sem resíduos, esforço que vai desde ações de apoio a cooperativas de catadores até programas de grande escala de economia circular.
“Temos um histórico de atuação no Amazonas que passa por projetos reconhecidos, como Olhos da Floresta, Água+Acesso e o Bolsa Floresta. Com eles, estimulamos a geração de empregos, o fortalecimento da cadeia produtiva e o fomento da agricultura familiar, além de contribuir com a proteção de bacias hidrográficas e da Floresta Amazônica e com o acesso à água”, ressalta.
Para Cristine Rescarolli, idealizadora da ação e supervisora da agenda de Cidades Sustentáveis da FAS, a região da Marina do Davi e do Igarapé do Gigante sofre com o descarte incorreto de toda a cidade de Manaus.
“Com a ação do grupo Remada Ambiental, que já atua no local há seis anos, a população local e os voluntários já entenderam que é necessário cuidar de seus resíduos em casa, para que não poluam os Igarapés e rios da cidade de Manaus. O trabalho é grande, mas tem um grande impacto em termos de educação ambiental”, avalia.
Além do trio de ações realizadas, mas ainda como parte do projeto, foi elaborado um diagnóstico sobre educação ambiental na temática de resíduos plásticos. O documento, conduzido por uma equipe externa de consultores, entrevistou presencial e virtualmente 294 pessoas, verificando caracterização socioeconômica, bem como conhecimentos, mudanças e demandas socioambientais.
Todos os participantes da pesquisa assumem a importância da gestão e do cuidado com os recursos hídricos nos portos de Manaus. Em relação à coleta seletiva, um ponto de destaque é quanto aos participantes que a avaliaram como boa ou ótima, pois referiram-se à atuação de catadores de materiais recicláveis nesses espaços.
O próximo passo indicado pela equipe é um programa de educação ambiental baseado nesse diagnóstico, com algumas propostas a serem implementadas: instalação de pontos de entrega voluntária (PEVs); coleta seletiva nos comércios da região dos portos; campanha de educação ambiental nas escolas; sensibilização dos funcionários, passageiros e responsáveis por embarcações, entre outras ações.
Com informações da assessoria
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