Entre demissões e admissões, o estado abriu 7.019 novos postos de emprego formais. A alta foi puxada pela indústria, setor responsável pela abertura de 2.785 novas vagas.
No ano, as indústrias do PIM acumulam saldo positivo de 1.360 vagas com carteira assinada (Foto:Reprodução/Honda)
Pelo segundo mês consecutivo, o Amazonas registrou saldo positivo na geração de novos postos de trabalho. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados nesta quarta-feira (30) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, entre demissões e admissões, em agosto o estado abriu 7.019 novos postos de emprego formais. No período, foram 15.618 admissões e 8.599 desligamentos.
A alta foi puxada principalmente pela indústria, setor que foi responsável pela abertura de 2.785 novos postos. Este foi o terceiro – e maior – resultado positivo consecutivo do setor, consolidando a recuperação pós isolamento social. No último mês de abril, as indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) foram responsável pelo saldo negativo de 2.768 empregos formais.
Em seguida aparecem o setor de serviços, com saldo de 2.492 novas vagas, e comércio, que abriu 1.031 postos em agosto.
No acumulado de janeiro a agosto, no entanto, o saldo do Amazonas é negativo. Nos oito primeiros meses do ano, foram desligados 97.621 trabalhadores em todo o estado. As admissões somaram 92.802, o que deixou saldo de -4.819 postos de trabalhos.
O setor de serviços foi o que apresentou o pior desempenho. Ao todo, 4.260 trabalhadores foram demitidos até o mês passado. O comércio aparece logo atrás, com 2.351 postos de empregos formais perdidos.
Já as indústrias do PIM acumulam saldo positivo de 1.360 vagas com carteira assinada.
Pelo segundo mês seguido, o país criou empregos formais. Segundo dados do Caged, foram 249.388 postos de trabalho com carteira assinada abertos no último mês.
Esse foi o melhor resultado para meses de agosto desde 2011, quando haviam sido abertas 190.446 vagas formais. No acumulado do ano, no entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia. De janeiro a agosto, foram fechadas 849.387 vagas, o pior resultado para os oito primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010.
Todos os cinco setores pesquisados criaram empregos formais em agosto. A estatística foi liderada pela indústria, com a abertura de 92.893 postos. O indicador inclui a indústria de transformação, de extração e de outros tipos. Com 50.489 novos postos, a construção vem em segundo lugar.
Todas as regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em agosto. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 34.157 postos a mais, seguido pelo Nordeste com 22.664 postos criados e pelo Sul com mais 20.128 postos. O Centro-Oeste abriu 14.084 postos de trabalho e o Norte criou 13.297 postos formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, a criação de empregos se disseminou pelo país. Todos os estados e o Distrito Federal abriram postos com carteira assinada em agosto. As maiores variações positivas ocorreram em São Paulo, com a abertura de 64.552 postos; Minas Gerais, 28.339 postos, e Santa Catarina, 18.375 postos. Os três estados que menos criam postos de trabalho foram Sergipe, 368 postos; Amapá, 434 postos, e Roraima, 700 postos.
Reportagem: Lucas Raposo