Mesmo não sendo capaz de recuperar as perdas causadas durante isolamento social, a indústria amazonense teve um desempenho relativamente satisfatório em 2020, segundo Cieam.
Segundo Polsin, apesar da pandemia a Suframa aprovou mais projetos industriais neste ano do que no ano passado. (Foto: Reprodução)
O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, fez um balanço do desempenho das indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) durante o ano de 2020.
A avaliação foi feita durante a 295ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Zona Franca de Manaus (CAS), realizada na manhã desta quinta-feira (3).
Segundo Périco, a grande pedra no sapato da indústria local, assim como aconteceu no mundo inteiro, foi a pandemia do novo coronavírus, que provocou paralisações na atividade econômica e, consequentemente, na atividade industrial em todo o planeta.
Ele explica que, apesar de não sofrer com a paralisação total das atividades industriais, o fato de alguns municípios terem fechado o seu comércio impediu que as empresas produzissem e entregassem seus produtos. Por conta disso, a maioria das indústrias do PIM teve impacto, total ou parcial, que durou entre 6 e 8 semanas.
Para ele, o auxílio emergencial concedido pelo governo federal foi fundamental para manter a economia minimamente aquecida durante o período de diminuição das atividades econômicas.
“Tivemos, no segundo semestre, o auxílio emergencial do governo federal e isso certamente provocou esse aquecimento que estamos vendo. Esse auxílio teve redução do último trimestre e não sei se permanece no ano que vem. Temos que aguardar essa acomodação do mercado para ver qual é a realidade de consumo para que as empresas possam se planejar”, explicou.
Na avaliação de Périco, apesar de não ser capaz de recuperar as perdas causadas durante o isolamento social, a indústria amazonense teve um desempenho relativamente satisfatório, e vai fechar 2020 com crescimento no nível de empregos.
“Se considerarmos que lidamos com o imponderável, que foi a pandemia, e a velocidade com que estamos nos recuperando, tenho que dizer que o ano não foi dos piores. Não vamos conseguir recuperar as perdas de quase dois meses parados, mas o fato de termos mantidos empregos e termos observados um aumento no número de empregos agora no final do ano já me dá bastante otimismo para o futuro próximo de que caminhamos no sentido correto em dar mais tranquilidade ao cidadão que depende desse emprego e a sua família”, avaliou.
O Superintendente da Zona Franca de Manaus (Suframa), General Algacir Polsin, também avaliou positivamente o desempenho do Polo Industrial de Manaus neste ano.
Segundo Polsin, apesar da pandemia a Suframa aprovou mais projetos industriais neste ano do que no ano passado.
“Havia uma expectativa muito negativa com relação a este ano em função da pandemia da convid-19. Mas chegamos ao final com inúmeros projetos aprovados, dois a mais inclusive do que no passado e muito investimento. Estamos trabalhando na atração de investimento o PIM, reforçando cada vez mais esse polo mas também com todos os demais vetores económicos aqui pra nossa região”, disse o superintendente.
Na última reunião do ano, o Conselho de Administração da Suframa aprovou 14 projetos industriais e de serviços, que somam R$ 2 bilhões em investimentos, sendo quatro de implantação e 10 de ampliação, atualização ou diversificação.
Reportagem: Lucas Raposo
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