Em edição extra do Diário Oficial do Município de Manaus de sexta-feira foi publicada a exoneração do filho e da esposa do prefeito de Manaus Arthur Neto
A esposa e o filho do prefeito Arthur Neto eram titulares de secretarias municipais (Foto: Divulgação)
O prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB) exonerou o filho, o ex-deputado federal Arthur Bisneto e a primeira-dama do município, Elisabeth Valeiko da chefia da Casa Civil e da presidência do Fundo Manaus Solidária, respectivamente.
O decreto de exoneração, a contar de 1º janeiro de 2021, foi publicado em edição extra do DOM (Diário Oficial do Município de Manaus) de sexta-feira, 11.
O tucano nomeou o filho chefe da Casa Civil em 1º de setembro de 2017. Na ocasião, Arthur justificou que tomou a decisão “consciente” e a questão constitucional, em relação a prática de nepotismo, era “tudo uma tolice enorme”.
Antes, em maio, Arthur nomeou a esposa, Elisabeth Valeiko, para presidência do Fundo, com o status de secretária municipal e remuneração bruta de R$ 15 mil, segundo Portal da Transparência do Município.
Em junho de 2017, o Ministério Público de Contas do Amazonas emitiu recomendação ao prefeito de Manaus para que ele evitasse a prática de nepotismo, proibido pela Súmula 13 do Supremo Tribunal Federal, por meio da nomeação de “cônjuge, companheiro ou parente” em cargos de confiança ou comissionado dentro da administração municipal.
Na época, Arthur argumentou que não há nepotismo quando a natureza do cargo é política.
Em abril de 2018, Bisneto entregou o cargo e disputou o Governo do Estado como vice na chapa do senador Omar Aziz (PSD), que ficou em terceiro lugar.
Após o pleito, ele reassumiu o comando da Casa Civil. Em 2019, o Ministério Público do Amazonas instaurou inquérito civil para investigar possível ato de nepotismo, praticado pelo tucano ao nomear o filho.
Na edição extra do DOM consta a exoneração de Luiz Alberto Carijó do cargo de secretário extraordinário; do procurador Rafael Albuquerque da chefia da Procuradoria Geral do Município; e Antônio Brandão da chefia da Casa Militar.
Entre os secretários da gestão tucana exonerados estão: Marcelo Magaldi (da Secretaria Municipal de Saúde), Kátia Schweickardt (da Secretaria Municipal de Educação), Lucas Bandiera (da Secretaria Municipal de Administração, Planejamento e Gestão), Kellen Lopes (da Secretaria Municipal de Comunicação); Keltom Aguiar (da Secretaria Municipal de Infraestrutura).