domingo, 19 de maio de 2024

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Quem faz e quem está pagando as pesquisas eleitorais no Amazonas?

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RealTime1 fez um levantamento das pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para identificar quem são as empresas que estão realizando sondagens eleitorais para o segundo turno no Amazonas e quem está pagando por elas.

Até a manhã desta segunda-feira (17/10) seis empresas do Amazonas, quatro de São Paulo, uma de Minas Gerais e outra de Rondônia registraram pesquisas.

Das 23 pesquisas registradas, quatro já tiveram seus resultados divulgados. Duas foram suspensas pela Justiça Eleitoral e outras duas, diferentemente da data de divulgação prevista no registro junto ao TSE, não foram divulgadas.

Pontual Pesquisas, do empresário Eric Lima Barbosa – criada há 11 anos – é a empresa “recordista” em registro de sondagens para o segundo turno: já registrou 7 pesquisas, cada uma a um custo de R$ 35 mil, todas tendo como contratante a própria empresa.

A Pontual foi a primeira empresa a divulgar pesquisa no mês de outubro. Registrada com o número AM-03082/2022, o levantamento ouviu 1.996 eleitores na capital e em outros 9 municípios e foi paga pela própria Pontual.

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A segunda pesquisa (AM-07983/2022) não teve seus resultados divulgados.

Caso todas as pesquisas venham a ser realizadas, a Pontual irá desembolsar R$ 245 mil com sondagens de intenção de votos dos amazonenses neste segundo turno.

Novata” em pesquisas

O Instituto de Consultoria em Ensino, Pesquisas e Mídias (O Convergente/Pesquisa), de propriedade de Erica Lima Barbosa, registrou 4 pesquisas e só perde para a empresa do irmão em número de registros.

Erica é irmã do empresário amazonense Eric Lima Barbosa, da Pontual Pesquisas.

A primeira pesquisa registrada (AM-03694/2022) pelo O Convergente/Pesquisa, que ouviu 1.996 eleitores de Manaus e de outros sete municípios, foi divulgada no dia 9. Custou R$ 30 mil e foi paga pela própria empresa.

O Convergente/Pesquisa tem ainda registradas outras três pesquisas e deve pagar, somando as quatro sondagens registradas, R$ 120 mil com recursos próprios.

Erica é especialista na área de pesquisa pela Fiocruz e este é o primeiro ano que a empresa atua com pesquisas eleitorais.

A também amazonense Perspectiva Mercado e Opinião, do empresário Durango Duarte, registrou duas sondagens para este segundo turno.

A primeira pesquisa (AM-07993/2022), divulgada no dia 8 de outubro, entrevistou 2.300 eleitores em todos os colégios eleitorais do Amazonas. A pesquisa custou R$ 50 mil e foi paga pela própria empresa.

A segunda pesquisa tem previsão de divulgação para a próxima quinta-feira (20).

Durango Duarte é o empresário mais antigo no ramo de pesquisas eleitorais em atividade no Amazonas e com o maior índice de acertos de todas as eleições desde 1993.

Real Time Big Data, empresa paulista e que atende, entre outros clientes, veículos como CNN e Rede Record, registrou duas pesquisas.

A primeira pesquisa (AM-05159/2022) entrevistou 1.000 eleitores no estado, custou R$ 20 mil e foi paga pela RecordTV.

Ipen não deve divulgar pesquisa

O Instituto de Pesquisa do Norte Ltda (Ipen) registrou a pesquisa de número AM-05404/20022 no dia 7 de outubro por R$ 32 mil para entrevistar 1.500 eleitores da área urbana dos municípios do Amazonas.

Apesar de a data de divulgação prevista ter sido para a última quinta-feira (13) o RealTime1 apurou que a pesquisa não deve ser divulgada.

A pesquisa foi contratada pela  Sociedade de Televisão Manauara Ltda/TV Norte Amazonas, criada em novembro de 2005 e de propriedade de Sergio Roberto Melo Bringel, a um custo de R$ 32 mil.

O Ipen – empresa com sede em Manaus – tem como sócios os empresários Eduardo Lima de Souza, Maria Terezinha Lima de Souza e Rodrigo Augusto Lima de Souza, ambos com 33,30% de participação, e foi criada em maio de 1997.

Aguardando resultados

A empresa amazonense O Primeiro Portal – OPP / Veritas, registrou a pesquisa AM-07210/2022 no último dia 11 para entrevistar 1.535 eleitores na capital em mais dez municípios do interior ao custo de R$ 70 mil.

A pesquisa será paga com recursos da própria empresa e está prevista para ser divulgada no dia 17 (sábado).

A empresa foi aberta em março de 2016 e tem como sócios Andrea Carlos Silva e Silva e Eilem Mara dos Santos Noronha, e teria ligação com o publicitário Sabá Noronha.

Eficaz, empresa individual com sede em Manaus e de propriedade de Igor Olavo Ramos Tavares, também registrou pesquisa. O levantamento custará R$ 30 mil reais e será pago pelo próprio empresário.

A pesquisa irá ouvir 2.000 eleitores em Manaus e outros 9 municípios.

A empresa paulista Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) foi criada em fevereiro de 2021 e tem como um dos sócios a estatística Márcia Cavallari (ex-Ibope).

Prevista para divulgação no dia 19, a pesquisa Ipec vai entrevistar 800 eleitores do Amazonas e foi contratada pela Rede Amazônica Rádio e Televisão por R$ 98.740,00. Esta é segunda sondagem mais cara deste pleito, só ficando atrás do levantamento feito pela Quaest, que custou R$ 170.000,00

A empresa mineira Instituto Verita registrou pesquisa na última sexta-feira (14). A previsão é de que o resultado da sondagem seja divulgado no próximo dia 20, quinta-feira. O instituto vai entrevistar 1.512 eleitores ao custo de R$ 58.968,00 e será o responsável pelo pagamento do levantamento.

Ideia Instituto de Pesquisa registrou pesquisa no último domingo (16). Foi contratada pela empresa A.M. Assessoria Política e Jornalística, da jornalista Ane Margareth, que irá pagar R$ 100 mil pela sondagem eleitoral. A A.M. Assessoria foi fundada em 2001.

Confira no quadro abaixo, informações sobre as pesquisas registradas até a manhã desta segunda-feira (17/10):

Pesquisas impugnadas

A empresa Instituto Phoenix, de Porto Velho (RO), criada em novembro de 2020, teve sua pesquisa (AM-07859/2022) impugnada pela Justiça Eleitoral do Amazonas .

A pesquisa, no valor de R$ 15.00,00, foi paga pela Distribuidora de Fécula Paraná e teria entrevistado 1.255 eleitores.

O Instituto Phoenix, responde a processos por suspeita de fraudar pesquisas eleitorais e tem como sócio-administrador José Juvenil Coelho, condenado a dois anos de prisão por crime eleitoral. Ele alega inocência.

Desde 2016, o Instituto vem respondendo a várias ações judiciais por suspeitas de fraudar pesquisas. O instituto não tem site oficial e nas eleições de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a divulgação de uma pesquisa para a Prefeitura de Taubaté. 

A empresa Quaest Pesquisas, Consultoria e Projetos, também teve o resultado de sua pesquisa (AM-05484/2022) suspenso. No entanto, especialistas da área consideraram a decisão da Justiça Eleitoral equivocada.

Da Redação

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