A falha técnica que, aliada ao apagão da Internet, que determinou o encerramento da sessão remota de quarta-feira ainda gera discussão entre parlamentares.
Os problemas na realização e transmissão das sessões virtuais da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE–AM) não são novidade. Vêm se apresentando desde o início da adoção da nova modalidade de reunião parlamentar. Entretanto, a falha técnica da última quarta-feira (10), além de adiar a importante e controversa discussão, e consequente votação, do veto ao “PL do Gás”, trouxe à baila alguns outros questionamentos sobre as sessões virtuais da Casa e sua transmissão.
Após quatro “quedas” na transmissão em um curtíssimo espaço de tempo, a Sessão Ordinária, que seria a última da semana, em virtude do feriadão, durou apenas 22 minutos. E foi encerrada quando ainda estava no Pequeno Expediente. A não votação do veto ao “PL do Gás” tranca a pauta da ALE-AM e, portanto, deve ser retomada já no início da próxima semana.
Um dos entreveros surgidos entre a presidência da ALE-AM e alguns deputados dizia respeito à troca da plataforma de realização dos encontros virtuais. Foi resolvido com Josué Neto (PRTB) cedendo às reclamações e voltando a utilizar o aplicativo Zoom, após ter mudado de plataforma sem nenhuma consulta aos colegas de legislatura. O retorno ao Zoom, tão solicitado por vários deputados, contudo, foi ofuscado pelo apagão de internet na Casa Parlamentar.
Uma das mais críticas à mudança da plataforma, que foi realizada por decisão monocrática de Josué Neto, a deputada Joana Darc (PL) solicitou informações sobre o novo aplicativo utilizada e nunca as obteve. “Não recebi as informações, o que compromete a transparência dos processos”, reclama.
Joana Darc (PL) também tem reivindicado que as sessões virtuais da Assembleia sejam transmitidas pela TV Aleam. Segundo ela, muitas pessoas não têm acesso à internet e isso compromete o acompanhamento das ações das ALE–AM pela população, daí a necessidade de transmissão das sessões pelo canal da Casa.
Joana Darc lembra ainda que a ALE-AM paga pela transmissão das sessões na TV Aleam. A deútada solicitou à presidência ainda que as sessões contem com a tradução de um intérprete de Libras, como ocorria na transmissão das sessões presenciais. “Ele (Josué Neto) nem respondeu, nem acatou. Ele responde quando quer”, disse a deputada.