Mauro Luiz de Britto Ribeiro assina a resolução do CFM que permitiu que médicos brasileiros pudessem prescrever os medicamentos sem comprovação de eficácia.
Senadores governistas ficaram 'irados' e consideram um erro tornar o presidente do CFM investigado sem sequer ouvi-lo na CPI (Foto: Reprodução)
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou, na tarde desta quarta-feira (6), que incluiu mais um nome no rol de investigados pela CPI: o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro.
Renan alegou três motivos para a decisão: apoio ao “negacionismo”, suporte dado a remédios comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 e omissão diante de fatos criminosos.
A decisão veio durante o depoimento do presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho, que eximiu a agência da responsabilidade de fiscalizar operadoras de saúde que adotaram o protocolo de uso do tratamento precoce, com medicamentos sem comprovação da eficácia contra a doença, ainda mais que os médicos tinham o respaldo de uma resolução do Conselho Federal de Medicina.
A decisão provocou protestos dos senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO), que consideraram injusta a decisão. Para eles, o presidente do CFM defendeu a autonomia dos médicos — além disso, Eduardo Girão e Marcos Rogério observaram que Ribeiro nem sequer foi ouvido pela CPI.
Texto: Gerson Severo Dantas, com informações da Agência Senado
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