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Por essa o deputado Wilker Barreto (Podemos) não esperava. Depois de meses sem nenhuma menção de defesa a seu governo na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o governo Wilson Lima ganhou alguns elogios na manhã desta terça-feira (2). E o motivo foi justamente mais um dos discursos raivosos que Wilker profere em todas as sessões, batendo sempre na mesma tecla de impeachment do governador. Ao criticar os deputados que estão “voltando a uma agenda institucional com o governador”, Wilker deu a deixa para que deputados relatassem as ações do governo nas calhas do Purus e Juruá.
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O primeiro a se defender contra a declaração de Wilker Barreto foi o decano da Casa, deputado Belarmino Lins (Progressistas), um dos que acompanharam o governador Wilson Lima em uma viagem, que fez questão de classificar como “viagem de trabalho”, aos municípios de Boca do Acre, Eirunepé, Guajará e Pauini, todos atingidos pela enchente deste ano. Bem ao estilo “respeite meus cabelos brancos”, “Belão” disse ser a voz dos que não têm voz no parlamento amazonense por oito mandatos.
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Em aparte no pronunciamento de “Belão”, os deputados Adjuto Afonso (PDT), Alessandra Campêlo (MDB) e Doutor Gomes (PSC) relataram as ações do governo nos municípios atingidos pela cheia. Foram levadas doses de vacina, distribuídas cestas básicas e entregues cartões do Auxílio Estadual. Também estavam presentes à comitiva os secretários de Saúde, Defesa Civil e o titular da Cosama para averiguar “in loco” as necessidades dos atingidos pelas cheias dos rios.
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O episódio provocado por uma infeliz fala de Wilker Barreto marca o ressurgimento, ainda que tímido, da base governista na Aleam. Uma base que havia se esfacelado no fim do ano passado e que, desde então, permanecia calada. Mostra também que tem cada vez menos eco entre seus pares a ladainha pró-impeachment entoada diariamente por Wilker e seu colega de Podemos Dermilson Chagas.
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Antes de reagir ao pronunciamento de Wilker, em Cessão de Tempo que comemorou os 54 anos da Zona Franca de Manaus (ZFM), Belarmino Lins elogiou o legado que a ditadura militar, que chama de “regime de exceção”, deixou para o Amazonas. “A ZFM é legado do regime de exceção, do regime revolucionário que botou ordem nessa nação em 64. O Amazonas foi muito beneficiado para o seu desenvolvimento. A ZFM foi um deles, o aeroporto também. As rodovias federais BR-17 e Manaus-Porto Velho (BR-319) também. Enfim, há um legado do regime revolucionário para o Amazonas e para o Brasil”, disse.
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No Senado, o Amazonas perdeu representatividade na definição da composição das comissões permanentes. Dentre nossos senadores, a nenhum coube uma indicação para a presidência ou vice-presidência de uma comissão. Já tivemos Omar Aziz (PSD) como presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, tendo Plínio Valério (PSDB) como vice-presidente. Eduardo Braga também já presidiu importantes comissões, como a de Infraestrutura e a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática. Desta vez, ficamos de fora.
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A TVRealTime1 inicia nesta terça-feira (2), uma série de entrevistas com os candidatos à reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sempre às 20h. O objetivo é tornar público o plano de gestão dos três professores que encabeçam as chapas. Na terça (2), será entrevistada a candidata Andrea Waichman. Na quarta (3), o entrevistado é o atual reitor e candidato à reeleição Sylvio Puga. Na quinta (4), o candidato Marco Antônio de Freitas terá a oportunidade de expor suas propostas para a Ufam.
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Finalizou ontem (1º), na Câmara Federal, o prazo para a entrega das emendas parlamentares ao Projeto de Lei no 28/2020, que trata da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021. Ela é a principal lei orçamentária, que estabelece os orçamentos da União, estimando receitas e fixando despesas. O deputado federal Zé Ricardo (PT) apresentou 25 emendas impositivas, sendo 24 individuais e uma de bancada à LOA/2021, totalizando mais de R$ 37 milhões. Das emendas individuais, de um total de R$ 16,2 milhões, mais de 60% foram direcionadas à área da saúde do Amazonas.