Da tribuna, parlamentar disse que o filme sexualiza crianças e destrói famílias. O deputado sugeriu que a Aleam envie documento de repúdio à Netflix.
João Luiz é presidente da Frente Parlamentar Cristã da Aleam (Foto: Divulgação)
O presidente da Frente Parlamentar Cristã da Aleam (Assembleia Legislativa do Amazonas), deputado João Luiz (Republicanos) repudiou, nesta terça-feira (22), a disponibilização do filme ‘Lindinhas’ na plataforma Netflix. O pastor da Igreja Universal afirmou que a produção cinematográfica “sexualiza crianças” e contribui para “destruição das famílias”.
“É um verdadeiro absurdo (…) colocando as crianças ali, sexualizando danças, crianças e fazendo com que as crianças e adolescentes em seus lares porque hoje a plataforma e a televisão da juventude é a netflix. Levando esse conteúdo horrível só está contribuindo para destruição dos nossos adolescentes e da família, principalmente”, declarou o parlamentar durante a sessão plenária da ALE-AM.
Na tribuna, o deputado defendeu que a Comissão de Promoção e Defesa dos Direitos de Promoção e Defesa dos Direitos das Crianças, Adolescentes e Jovens, presidida por Álvaro Campelo (PP), envie um documento à Netflix mostrando a insatisfação da Casa Legislativa e solicitando a retirada do filme, que foi premiado no Sundance Festival e lançado sem provocar polêmicas na França, em agosto.
“Vamos enviar uma documentação solicitando que retire da plataforma esse filme horrível, ridículo e que só faz colaborar para destruição das famílias”, disse o pastor.
O parlamentar e líder religioso aderiu ao coro iniciado pela titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves que pediu também a suspensão do longa. Em ofício encaminhado à Coordenação da Comissão Permanente da Infância e Juventude, o titular da Secretaria Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente, Maurício Cunha afirma que o filme apresenta pornografia infantil e em “múltiplas cenas, com foco nas partes íntimas das meninas enquanto reproduzem movimentos eróticos durante a dança, se contorcem e simulam práticas sexuais”.
O filme narra a história de Amy, uma garota senegalesa de 11 anos que conhece um grupo de dança de garotas de sua idade, as Mignonnes. A reação negativa contra o filme iniciou após a primeira divulgação promovida pela Netflix que em seguida retirou o pôster do filme da plataforma.
Em nota à imprensa, a Netflix afirma que a produção cinematográfica promove “um comentário social contra a sexualização de crianças. É um filme premiado e uma história poderosa sobre a pressão que jovens meninas enfrentam nas redes sociais e também da sociedade. Nós encorajaríamos qualquer pessoa que se preocupa com essas questões importantes a assistir ao filme”.