Pacientes com Covid-19, ou sob suspeita, ainda não devem receber o imunizante. Plano de Vacinação no Amazonas vai seguir fases definidas pelo Governo Federal.
Coronavac foi liberada pela Anvisa para uso emergencial (Foto: Divulgação)
No Amazonas, pelo menos 3.177 pessoas não devem receber a vacina contra a Covid-19 nesta primeira fase do Plano de Imunização. Estas pessoas ou estão internadas, acometidas pelo vírus, ou estão aguardando leito para internação.
Segundo o último boletim divulgado neste domingo (18), pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), há 2.753 pacientes internados nas redes pública e particular em todo o Estado (do total, 613 sob suspeita da doença) e outras 364 pessoas estão na fila de espera por um leito.
Estas mais de três mil pessoas não devem ser vacinadas e devem aguardar, no mínimo, quatro semanas para serem imunizadas após o restabelecimento da saúde.
“Vacina não é remédio para Covid. Quem está doente agora não deve se vacinar. Deve aguardar quatro semanas”, disse o infectologista Marcus Lacerda que seguiu alertando que a principal medida a ser adotada contra o vírus ainda é o uso dos protocolos sanitários (máscara, lavar as mãos, usar álcool em gel e manter distanciamento).
“Se as pessoas não se trancarem em casa, nunca teremos hospitais suficientes, em nenhuma parte do mundo. Profissionais de saúde e leitos de UTI não se multiplicam na velocidade do vírus. Precisamos parar com a transmissão com urgência”, alertou o médico.
O infectologista ressaltou ainda que estes cuidados pessoais devem ser maiores que os de abril, quando o Amazonas viveu o primeiro pico da doença. A justificativa, segundo Marcus Lacerda, é que “a nova linhagem do vírus em Manaus é mais infectiva”.
Engana-se quem pensa que por já ter pego a doença deve passar longe da fila de vacinação. Além dos casos de reinfecção já confirmados em alguns lugares do mundo, inclusive em Manaus, os especialistas ainda desconhecem a duração da imunidade de quem já passou pelas fases da Covid-19.
“Embora a gente saiba que existe uma imunidade após a doença, a gente não sabe quanto tempo essa imunidade dura. É uma doença nova, a gente não sabe o tempo que a imunidade vai durar, então, por isso, é recomendado que as pessoas, mesmo que tenham tido a doença, se vacinem normalmente”, explicou o pneumologista da USP, Luís Renato Alves.
Texto: Rosianne Couto
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