Essa e outras notícias na coluna TEMPO REAL do portal RealTime1: Informação com credibilidade sobre política e os últimos acontecimentos do Amazonas.
O dia 31 de janeiro está logo aí e os números do coronavírus em Manaus continuam longe de indicar que uma abertura irrestrita dos serviços não essenciais seja a medida ideal para o momento. No dia 31, termina o prazo de vigência do último decreto publicado pelo Governo do Estado. Portanto, um novo decreto já está sendo elaborado e o governador Wilson Lima (PSC) deve se pronunciar sobre ele ainda nesta sexta-feira (29). Afinal, ainda que os números apresentem uma tendência de queda contínua – o que prova que as medidas restritivas funcionam e são necessárias –, nada indica que a pico de contágio esteja sob controle.
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A dúvida ainda é o que vai determinar o texto do decreto. Informações obtidas pela coluna dão conta de que ele está sendo discutido nesse momento. Não se sabe se vai ser prorrogado o decreto atualmente em vigência ou se será editado novo decreto nos moldes do anterior, que estabelecia toque de recolher das 19h às 6h. Há ainda a possibilidade de que serviços não essenciais sejam mantidos fechados sem toque de recolher. Com a palavra o governador Wilson Lima.
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Em entrevista ao jornal O Globo, o infectologista amazonense Marcus Lacerda estimou que a nova variante do coronavírus encontrada em Manaus pode tomar o País em um mês. Para o pesquisador, a nova variante já está em várias regiões do Brasil e é só uma questão de tempo para que ela se torne dominante. A declaração deveria soar como alerta para o Governo Federal e governadores. Afinal, o exemplo de Manaus mostra o estrago que essa variante pode causar.
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As três sessões realizadas pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) mostraram que a base aliada do governo na Casa anda muito calada, o que demonstra uma necessidade de mais articulação política entre o executivo e o legislativo. Com a deputada Joana Darc (PL) em fase final de uma gravidez que traz riscos e a ausência da deputada Alessandra Campêlo (MDB) os ataques constantes ao governo não encontram nenhuma voz dissonante na Casa.
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A falta de uma voz dissonante do coro dos descontentes – com alguns raivosos – na Aleam já está sendo usada como argumento pelos opositores. Em um de seus furiosos e frequentes discursos contra o governador, o deputado Wilker Barreto (Podemos) chegou a bradar: “Não tem ninguém que lhe defenda aqui”.
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A verdade é que o Governo do Estado viu sua sólida e majoritária base na Aleam se esfacelar com os acordos e conchavos que resultaram na eleição extemporânea de Roberto Cidade (PV) para a presidência da Casa e na indicação do deputado Josué Neto (Patriota) para vaga de conselheiro que será deixada por seu pai, Josué Filho, no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM). É hora de trabalhar para reconstruir essa base.
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A bancada feminina da Aleam, aliás, teve participação quase nula nas três primeiras sessões de 2021 da Aleam. Com esporádicas e rápidas aparições das mulheres, que agora têm o reforço da deputada estadual Nejmi Aziz (PSD), os homens têm sido a presença quase que exclusiva na tribuna da Assembleia Legislativa.
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Após ameaçar vender as vacinas que serão produzidas pelo Instituto Butantan para o exterior, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB) afirmou que, caso o Governo Federal não defina a compra das vacinas até a semana que vem, vai oferecer a Coronavac aos Estados. O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) já havia sugerido essa solução para que as vacinas permaneçam no Brasil, ao sugerir que Estado e municípios amazonenses procurem o Butantan para a compra.