quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Deputado nega crime de xenofobia contra médica durante votação

Dr. Gomes disse que a médica não teria propriedade para pedir o afastamento do governador e que utilizou a tribuna para falar porque não aceitava viés político.
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O deputado estadual Doutor Gomes (PSC), nesta sexta-feira (7), negou que tenha cometido crime de xenofobia contra a secretária-geral do Sindicato dos Médicos (Simeam), a médica Patrícia Sicchar, durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam).

Patrícia Sicchar e Mário Vianna protocolaram denúncias de crime de responsabilidade contra o governador Wilson Lima (PSC) e o vice-governador Carlos Almeida (PRTB), que foram arquivadas na quinta-feira (6), pelos deputados estaduais da Aleam, com 12 votos contrários ao processo dos médicos.

Durante a votação, o Doutor Gomes disse que a médica Patrícia não teria propriedade para pedir o afastamento do governador e do vice porque ela não tem nacionalidade brasileira.

“Por isso que tinha uma senhora de nacionalidade estrangeira querendo interferir nos destinos do povo do Amazonas. Desrespeitando a lei do país”, disse Gomes na ocasião.

Por meio de nota, o Sindicato dos Médicos do Amazonas repudiou o discurso do deputado e classificou as palavras de Gomes como “preconceituosas”, “desequilibradas” e que se caracterizam como crime de xenofobia.

“O Simeam manifesta a sua solidariedade a Dra. Patrícia Sicchar e irá recorrer à Justiça na busca do direito de resposta e reparação do dano à imagem e ao emocional da colega. Não aceitamos que um parlamentar tente enxovalhar a honra de ninguém”, disse o Simeam em trecho da nota.

Viés político

Ao RealTime1, Doutor Gomes disse que utilizou a tribuna para falar não aceitava a denúncia da médica por conta do viés político. O deputado afirmou que as declarações foram proferidas por ela ter se candidatado como vereadora pelo PR, em 2016.

“Ela é uma profissional zelosa, cuidadosa, séria e competente. Porém, não posso concordar com o viés político dela e dele (Mário Vianna). São militantes, todos os dois”, concluiu.

Texto: Izaías Godinho

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