Braga afirmou que o ministro e o presidente do Banco Central devem prestar todas as explicações sobre contas offshore em paraísos fiscais "o mais rápido possível".
O ministro da Economia foi apontado em reportagens baseadas em um megavazamento de informações sobre empresas offshore, como acionista da empresa Dreadnoughts International Group, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas (Foto: Divulgação)
Depois que o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, determinou apuração preliminar sobre contas offshore do ministro da Economia, Paulo Guedes, o senador Eduardo Braga (MDB), membro titular da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, defendeu que o colegiado convoque o Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Braga afirmou que eles devem prestar todas as explicações sobre contas offshore em paraísos fiscais “o mais rápido possível”.
“Não se trata de fazer qualquer pré-julgamento. Mas de exigir transparência por parte das principais autoridades monetárias do país. Vale lembrar que aprovamos recentemente a autonomia do Banco Central e que cabe ao Senado fiscalizar as ações do Banco”, postou em uma rede social.
Um consórcio internacional de jornalistas investigativos revelou que Guedes e Campos Neto, além de outros brasileiros, encaminharam fundos para empresas em paraísos fiscais sem informar às autoridades tributárias do país.
A PGR determinou nesta segunda-feira (4), a instauração de notícia de fato sobre as offshores ligadas de Paulo Guedes, e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O ministro da Economia foi apontado em reportagens baseadas em um megavazamento de informações sobre empresas offshore, como acionista da empresa Dreadnoughts International Group, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas. Campos Neto, por sua vez, é dono de quatro empresas.
A informação de que os dois mantêm empresas em paraíso fiscal foi revelada neste domingo (3) por veículos como a revista Piauí e o jornal El País, que participam do projeto do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos).
Texto: Jefferson Ramos
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