Diferente do que ocorreu com a CPI da Pandemia, desta vez o governo entrou no páreo para evitar a instalação de outra CPI em plena campanha eleitoral.
Com a desistência, Randolfe anunciou hoje que o documento voltou a ter 26 assinaturas — uma a menos do que o necessário para preencher requisito de aval de um terço da Casa (Foto: Divulgação)
O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) anunciou neste sábado a retirada de sua assinatura do pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação (MEC).
O anúncio representa uma vitória para o governo Bolsonaro, que montou uma força-tarefa para barrar a abertura do colegiado. Após este primeiro recuo, outro parlamentar desistiu de endossar a apuração: de acordo com a GloboNews, o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) também retirou o apoio.
Nesta sexta-feira, o autor do pedido, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), havia anunciado que conseguira reunir as 27 assinaturas necessárias para instalar a comissão. Uma delas era a do senador Oriovisto, que voltou atrás e disse em suas redes sociais que “uma CPI tão próxima das eleições acabará em palanque eleitoral”.
Com a desistência, Randolfe anunciou hoje que o documento voltou a ter 26 assinaturas — uma a menos do que o necessário para preencher requisito de aval de um terço da Casa. “Seguiremos atrás de mais assinaturas para passar a limpo o ‘bolsolão do MEC'”, publicou o senador da oposição.
Aliados do governo e ministros já vinham declarando desde ontem que três senadores teriam sido convencidos a retirar a assinatura do pedido. O movimento de pressão em cima dos parlamentares tem sido capitaneado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), que classificou o pedido de CPI como um “disse-me-disse sem provas”.
Da Redação, com informações de O GLOBO
Leia mais: