6 de outubro de 2020
O Prêmio Nobel de Medicina deste ano divulgado nesta segunda dia (5) foi para a descoberta do vírus da hepatite C, que causa uma inflamação no fígado progressiva e silenciosa. A doença pode se tornar crônica e levar à cirrose, ao câncer, e à morte.
Apesar de não haver vacina contra a infecção, a doença tem tratamento. Qualificada pelo júri do Nobel como um “grande problema de saúde global”, a hepatite C, é transmitida, principalmente, pelo sangue, por equipamentos sujos de tatuagens ou piercings, durante o sexo e de mãe para filho.
O tratamento da doença foi revolucionário na virada da década de 2010 com a chegada de novos antivirais de “ação direta”, esses novos tratamentos fazem da hepatite C “a única doença viral crônica que pode ser curada”.
No final de 2017, apenas 5 milhões de pessoas entre 71 milhões de doentes crônicos haviam sido tratadas com antivirais de ação direta – muito longe da meta da OMS que é tratar 80% das pessoas infectadas até 2030.
Para evitar a contaminação a OMS recomenda algumas medidas como: Não compartilhar com outras pessoas qualquer objeto que possa ter contato com sangue, como seringas, agulhas, alicates, escova de dente, usar preservativo e fazer o teste em caso de gravidez.