Dados do vacinômetro da FVS-AM apontam que o município da Região Metropolitana vacinou 515 indígenas que não constam das metas estabelecidas pelo Plano Nacional
Terra das Cachoeiras não tinha populações indígenas a vacinar conforme estabelecido no PNI
A vacinação de indígenas no Estado do Amazonas segue em ritmo lento, envolta em questões religiosas e agora surge um caso inexplicado no município de Presidente Figueiredo, na Região Metropolitana de Manaus. De acordo com o vacinômetro da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), a prefeitura local não tinha população indígena a vacinar , mas registrou a vacinação de 515 pessoas deste grupo prioritário.
Outros oito municípios não possuem populações indígenas a vacinar conforme determinado pelo Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. São eles: Apuí, Anori, Caapiranga, Codajás, Guajará, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã e Urucurituba. Todas essas prefeituras registram que não vacinaram pessoas deste grupo prioritário, o que torna a situação de Presidente Figueiredo ainda mais inusitada.
Outro caso que chama atenção é o do município de Canutama, na região do rio Purus, onde a meta era vacinar 201 indígenas, mas vacinaram 281; uma situação semelhante a de 16 municípios que vacinaram profissionais de saúde bem acima da meta e que já está em investigação no Ministério Público.
O MPE-AM espera para amanhã (18) que a Secretaria de Estado da Saúde e a FVS-AM apresente um relatório detalhado da campanha de vacinação, com metas, distribuição de doses e ritmo de aplicação nos municípios.
Sobre a vacinação de populações indígenas, as prefeituras informaram que apenas repassam as doses recebidas do Estado aos Distritos de Saúde Especiais Indígenas (DSEIs), responsáveis pela aplicação das doses.