Em janeiro, fase mais crítica da pandemia vivida pelos amazonenses, o estado vizinho recebeu pacientes do Sul do Amazonas. Atualmente, seis pacientes de Humaitá estão lá.
Pacientes foram levados ao Delphina Aziz na sexta e no domingo (Foto: Divulgação)
O Hospital Delphina Aziz recebeu, neste final de semana, dois pacientes acometidos pela Covid-19 vindos de Porto Velho (RO).
A ação dá início à Operação Gratidão que, segundo o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, surgiu como retribuição pela ajuda recebida de outros estados durante a fase mais aguda da pandemia no Amazonas, em janeiro de 2021. Ele ressaltou que a prioridade do atendimento na rede ainda é para pacientes do Amazonas, tendo em vista que apesar da queda na ocupação de leitos, o Estado ainda mantém níveis altos de novos casos e óbitos.
Marcellus também reforça que, assim como as remoções entre unidades do Estado, as interestaduais também serão via Sistema de Transferência de Emergência Regulada (SISTER) da secretaria, que define a prioridade conforme a disponibilidade de leito.
“Nesse momento, vamos apoiar a operação que o Ministério da Saúde realiza junto com o estado de Rondônia. Estamos nos organizando para retribuir o apoio que recebemos, em respeito ao princípio do SUS da universalidade do acesso”. Segundo o secretário, ainda não é possível abrir a operação a outros estados. “Temos leitos clínicos, mas a ocupação de UTI ainda é elevada. Como sabemos que 25% dos pacientes moderados que foram do Amazonas para outros Estados evoluíram para UTI, não temos como receber muitos pacientes ainda”.
Ele reforça que desde o início da pandemia, Rondônia recebeu pacientes do Sul do Amazonas. Atualmente, seis pacientes de Humaitá estão internados em UTI em Porto Velho. Essa relação dos municípios do Sul do Amazonas com Rondônia é bastante comum, em função da distância para Porto Velho ser menor que para Manaus.
A secretária adjunta de políticas de saúde da SES-AM, Nayara Maksoud, destaca que o equilíbrio na rede hospitalar no Amazonas fez com que estratégias como a remoção de pacientes para outros estados fossem suspensas, e fosse intensificada as remoções do interior para a capital.
Segundo ela, na capital a demanda por leito já pode ser considerada equacionada e, nesse momento, os esforços são para trazer todos os pacientes do interior com chamados abertos, que tenham condições de remoção para ocuparem os leitos clínicos e de UTI vagos, além do máximo de pacientes com perfil moderado.
“Tivemos que trazer pacientes do interior do estado não só para leitos de UTI, mas para leitos clínicos e, inclusive, proporcionar para estados como Rondônia, que recebem nossos pacientes, principalmente da região sul do Amazonas”, afirmou.
Com informações da assessoria
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