Governo do Estado explicou que recebeu dois pacientes vindos de Porto Velho apenas para atender um pedido de urgência feito pelo estado vizinho.
Sem leitos de UTIs suficientes, governo informa que não receberá pacientes de outros estados
Horas após divulgar ter iniciado a ‘Operação Gratidão’ ao receber dois pacientes acometidos pela Covid-19, vindos de Rondônia, o Governo do Amazonas reconheceu que “ainda não tem reserva de leitos suficiente para receber pacientes de outros estados”.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), na manhã desta terça-feira (9), explicou que a chegada dos dois pacientes “se tratou de uma ação emergencial e ainda não pode ser relacionada à operação que o Estado estuda realizar para auxiliar Rondônia e possivelmente outros estados”.
Segundo o órgão, a prioridade das vagas na rede estadual ainda é para os pacientes do interior do Amazonas.
A vinda para Manaus de dois pacientes, um no sábado (6) e outro no domingo (7), atendeu a um pedido da secretaria de Saúde de Rondônia e do Ministério da Saúde, tendo em vista que, na sexta-feira (5), pelo menos 90 pacientes aguardavam por leitos de UTI naquele estado. Os pacientes estão internados no Hospital de Referência para Covid-19 Delphina Aziz, que abriu mais dez leitos de UTI neste fim de semana.
Ao atender os pedidos, a SES-AM levou em consideração o fato de Rondônia prestar assistência a pacientes do sul do Amazonas. Na sexta-feira, quando o primeiro pedido de remoção foi feito por Rondônia, seis pacientes com Covid-19 de Humaitá ocupavam UTI em Porto Velho, o que levou a SES-AM a abrir a exceção.
Segundo a SES-AM, mesmo com queda nas internações e redução nas chamadas por leitos de UTI, ainda não é possível para o Estado receber de forma sistemática pacientes de fora do Amazonas.
“Temos leitos clínicos, mas a ocupação de UTI ainda é elevada. Como sabemos que, em média, 25% dos pacientes moderados que foram do Amazonas para outros estados evoluíram para UTI, estamos analisando o cenário epidemiológico para ver de que forma podemos apoiar outros estados”, disse o secretário Marcellus Campêlo.
Com informações da assessoria
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