Encontro virtual, discutiu a situação do setor do comércio amazonense durante a pandemia. Nas discussões, empresários apresentaram suas sugestões para a retomada segura.
Empresários e parlamentares discutiram abertura segura do comércio nesta quarta (Foto: Reprodução)
Empresários do setor comercial do Amazonas participaram, na tarde desta quarta-feira (10), de uma Audiência Pública na Assembleia Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).
O encontro, que aconteceu de forma virtual, foi proposto pelo presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (PV), e pelo deputado Josué Neto (Patriota), atendendo a pedidos da classe dos comerciantes do Estado para discutir a situação do setor do comércio amazonense durante a pandemia.
Durante as discussões, os empresários apresentaram suas sugestões para a retomada segura das atividades comerciais em todo o Amazonas. Entre elas, o empresário Fred Melo propôs uma flexibilização do horário de funcionamento dos estabelecimentos, que poderia ser dividido pelas zonas geográficas da cidade de Manaus, como forma de evitar aglomerações.
“A cidade tem que estar aberta por 24 horas. Fechar a cidade e a atividade comercial é, para mim, uma estupidez. Não deu certo em lugar nenhum do planeta. Ameniza, atenua, mas não é a solução”, reclamou o empresário.
Atuando no setor comercial do estado há 50 anos, o empresário Belmiro Vianez Filho, destacando a importância de clientes e funcionários, defendeu que uma possível abertura do comércio adotaria os mesmos cuidados já conhecidos e praticados pelos demais setores.
“A lógica da abertura é a mesma que abriu o Distrito, a mesma que abriu a construção civil e a mesma que abriu os supermercados: cuidados básicos e responsabilidade empresarial. Não existe um setor diferente do outro. Todos temos absoluta responsabilidade com nossos funcionários, porque dependemos deles para produzir, e com nossos clientes porque dependemos deles para faturar”, resumiu.
O assessor da Sala de Situação da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Daniel Barros, afirmou que é possível, sim, abrir o comércio de forma segura.
Apesar disso, Barros também levantou algumas dificuldades que podem impossibilitar esse retorno, entre eles: a prevalência do período chuvoso no Estado, que aumenta a umidade do ar e faz as pessoas permanecerem em ambientes fechados; a frota reduzida do sistema de transporte público municipal, que causa aglomerações; e a dificuldade da população em respeitar as orientações de segurança das autoridades médicas.
Reportagem: Lucas Raposo
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