quinta-feira, 18 de abril de 2024

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Logística e Decreto põem em risco abastecimento de hortifrutis no AM

A seca dos rios, as restrições para o transporte de cargas na BR-319, e o cancelamento de pedidos de hortifrutigranjeiros dificultam a chegada dos produtos à capital.
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A seca dos rios, as restrições para o transporte de cargas na BR-319, e o cancelamento de pedidos de hortifrutigranjeiros têm dificultado a chegada dos produtos à capital.

Segundo o Sindicato dos Transportadores Autônomos do Amazonas, devido à vazante dos rios da região, no trecho Porto Velho (RO) – Manaus (AM), as balsas operam com 40% da capacidade. Filas se formam para o embarque das cargas em Belém (PA). O tempo de entrega saltou de 14 para 24 dias.

Outra dificuldade, relatada pelo presidente do Sindicato dos Transportadores, Antonio Sérgio da Silva, é a restrição imposta pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) por meio da Portaria nº372, de 21 de janeiro de 2021, publicada na terça-feira (26).

O documento proíbe o tráfego de veículos de passageiros e de veículos de cargas com a capacidade de Peso Bruto Total Combinado acima de 17 toneladas, anualmente de dezembro a maio.

“A carreta de seis eixos tem a capacidade de carga de 27 toneladas. Com a portaria, somente o caminhão de dois eixos pode trafegar com volume abaixo de 17 toneladas. Os alimentos chegam a Manaus, agora, somente pelas balsas e o nível baixo das águas dificulta o transporte”, informou.

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Cancelamento nos pedidos

Somado ao problema ‘transporte’, o fornecimento dos alimentos está ameaçado pelos cancelamentos dos pedidos. Com a redução nas vendas devido ao menor horário de funcionamento estabelecido pelo Decreto nº43.303 do Governo do Estado, produtos estão sendo perdidos, impróprios ao consumo.

“O Decreto está gerando impacto desde o plantio até a chegada da mercadoria a Manaus. Produtos estão no tempo de serem colhidos, mas os produtores não estão colhendo por não terem como vender. O prejuízo acontece em cadeia. Se nada for feito em 10 dias pode acontecer um desabastecimento”.

Paralisação à vista

Ainda de acordo com Antônio Sérgio, diante das dificuldades, todos os pedidos dos grandes distribuidores de hortifrutigranjeiros estão sendo cancelados, o que pode resultar em fechamento das feiras municipais de Manaus em no máximo três dias.

Segundo ele, o Sindicato dos Feirantes já avalia a possibilidade de paralisar as atividades a partir da próxima segunda-feira (1º).

“Estive conversando com o David [Lima, Presidente do Sindicato] dos feirantes e ele me passou que vai ter uma Assembleia da categoria e pode fechar as feiras a partir de segunda-feira”, alertou.

Reportagem: Priscila Caldas

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