A empresa foi contratada para fazer os estudos, projetos, obtenção de licenças, contratação e fiscalização de obras de melhorias nos aeroportos do Amazonas.
A Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura contratou a Infraero (Foto: Divulgação
Praticamente inoperantes há anos por falta de certificação, os aeroportos de Maués, Itacoatiara e Fonte Boa passarão por estudos, projetos e obras sob a coordenação da Infraero.
As adequações realizadas com a chancela da Infraero vai permitir que os aeroportos voltem a operar com a devida certificação.
A empresa foi contratada, nesta quarta-feira (24), pela Secretaria de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura para fazer os estudos, projetos, obtenção de licenças, contratação e fiscalização de obras de melhorias para esses aeroportos.
A contratação da Infraero para este conjunto de ações é inédita e vai permitir que essas localidades possam ter acesso ao transporte aéreo realizado de acordo com as melhores práticas da aviação civil. A notícia foi dada pelo próprio governador Wilson Lima em suas redes sociais.
Pelo contrato, a empresa adotará todas as providências necessárias de adequação das infraestruturas às normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para receber voos em condições visuais, inicialmente no período diurno.
Durante a assinatura do contrato, em Brasília (DF), o presidente da Infraero, Brigadeiro Hélio Paes de Barros, explicou que a empresa vai levar logística com a rapidez necessária para atender à população dessas cidades.
“No prazo de um ano e meio, vamos fazer com que essa certificação leve a esses aeroportos, em primeiro plano, aeronaves do tipo 2B, como o Cessna Grand Caravan. Mas há expectativas de que a gente possa, conforme a demanda, ir progredindo até certificar esses aeroportos para operações com aeronaves como o ATR”, disse.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que a contratação da Infraero é uma inovação em relação ao modelo utilizado anteriormente. “Muitas vezes fazíamos esse tipo de contratação com as prefeituras. Entendemos que ganharíamos tempo e qualidade utilizando a Infraero, que já tem um quadro especializado”, disse.
“Então, utilizamos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) com uma contratação direta, para que a empresa faça o projeto, a contratação e acompanhamento da obra com o objetivo de entregar o equipamento certificado”, acrescentou.
Para projetar as melhorias em Maués, Itacoatiara e Fonte Boa, a Infraero já realizou estudos preliminares das pistas, pátio de aeronaves e demais estruturas dos aeroportos, o que permitirá fazer um planejamento específico em cada cidade. “Com essas informações já mapeadas e o trabalho no local, será possível retomar a operação comercial o funcionamento nesses aeroportos, levando em conta a demanda e vocação dessas cidades no transporte aéreo” explica o superintendente de Engenharia da Infraero, Giuliano Capucho.
Todo o trabalho será alinhado com a SAC e os delegatários ou detentores das outorgas dos aeroportos, o que vai assegurar a adequação dos trabalhos às premissas do Ministério da Infraestrutura para o transporte aéreo da região. A estimativa é de que a volta das operações ocorra em até 11 meses, conforme prevê o contrato firmado entre Infraero e SAC.
No Amazonas, o transporte aéreo é essencial para que a capital e as cidades do interior sejam interligadas, seja para atender ao transporte de passageiros, cargas e também no deslocamento de pessoas em tratamento médico. O estado conta com 23 aeródromos cadastrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Infraero administra os aeroportos internacionais de Manaus, Tefé e Tabatinga, que juntos movimentaram 1,8 milhão de passageiros e 36,9 mil aeronaves em 2020.
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