Para a agência de riscos Austin Ratin, no cenário otimista, com expansão de 3% ao ano, a economia chega ao nível pré-crise em julho de 2023.
Economia do país só deve voltar a respirar a partir do próximo mandato federal (Foto: Reprodução)
O tombo provocado pela pandemia da Covid-19 na já cambaleante economia brasileira fez o Brasil perder uma década, financeiramente falando.
De acordo matéria publicada no site Poder 360, cálculos da agência de risco Austin Ratin indicam que a atividade econômica no Brasil só deve retomar o mesmo nível registrado em 2013, no mínimo, no ano de 2023.
As previsões são baseadas em projeções do mercado financeiro e levam em consideração os impactos causados pela recessão de 2014 a 2016 e a crise sanitária de 2020.
A agência desenhou quatro cenários: no mais otimista, com crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 3% ao ano, a economia brasileira só deve se recuperar ao nível pré-crise em julho de 2023.
Em cenários intermediários, com crescimento anual do PIB de 2,5% e 2,0% a recuperação deverá ocorrer, respectivamente, em dezembro de 2023 e agosto de 2024.
No cenário mais pessimista, com crescimento de apenas 1% ao ano, o Brasil só vai se livrar dos efeitos negativos das crises daqui há mais de sete anos, em abril de 2028.
Ou seja, mesmo no cenário mais otimista, a economia do país só deve voltar a respirar a partir do próximo mandato presidencial.
Para fazer o cálculo, a Austin Rating utilizou como base o índice considerado a prévia do PIB brasileiro, o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo Banco Central.
De acordo com o IBC-Br, em dezembro de 2013, o nível de atividade econômica era de 148,74 pontos-base. Em dezembro de 2020, no entanto, este índice caiu para 138,33 pontos-base.
A previsões do mercado financeiro indicam que o PIB brasileiro deve cair 4,05% no ano passado, em comparação com 2019. O resultado vai ser anunciado na próxima quarta-feira (3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatíttica (IBGE).
Reportagem: Lucas Raposo
Leia mais: