Embarcações são saqueadas entre Manaus e Belém. Fugas acontecem no Estreito de Breves, no Pará. O foco dos piratas são os combustíveis.
Sem policiamento, embarcações são constantemente saqueadas. (Foto: Reprodução)
O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma-AM) registrou, de outubro de 2020 a janeiro deste ano, prejuízo estimado em R$ 3 milhões, decorrentes de assaltos às embarcações no trecho dos rios que interligam o Amazonas ao Estado do Pará.
O foco dos assaltantes são os combustíveis, seguido das cargas.
Segundo a presidente do Sindarma-AM, Jéssica Sabbá, nos últimos quatro meses as empresas de navegação tiveram perdas contabilizadas em um milhão de litros de combustíveis, o que representa valores que ultrapassam R$ 3 milhões.
“Os roubos estão muito mais intensos no caminho entre Manaus e Belém, no trecho Estreito de Breves, no Pará. Os assaltantes também agem no sentido Pará-Amazonas, nos municípios de Parintins, Urucurituba, por exemplo. Eles conseguem facilmente passagem pelos ‘furos’ dos rios e transitam entre os dois estados”, informa.
Para a presidente, a alternativa para conter a ação dos ‘piratas’ seria a mobilização entre os órgãos de segurança e polícias, do Amazonas e do Pará, com atuação na área fluvial.
Jéssica comenta que o Pará conta com policiamento fluvial e consegue conter os crimes. No Amazonas, ela avalia que a Base Arpão, criada pelo governo estadual e que atua no rio Solimões, não consegue atender à necessidade do setor de navegação.
“É necessário uma ação conjunta entre a Secretaria de Segurança do Estado, as polícias; por se tratar de crime federal pelos roubos de combustíveis, a Polícia Federal também poderia atuar. O roubo vem seguido de tráfico de drogas, prostituição infantil, dentre outros”, analisa.
Reportagem: Priscila Caldas
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