Segundo a Abrasel, ainda que os prazos para os pagamentos dos débitos sejam adiados, as empresas estão com o caixa negativo, sem qualquer recurso para quitação das dívidas.
Decreto estabelece funcionamento apenas como delivery (Foto: Divulgação)
A postergação dos prazos para pagamentos dos impostos anunciada pelo Governo do Estado é considerada como medida inválida pelos representantes do segmento de bares, restaurante e lanchonetes. O setor amarga prejuízos e informa o fechamento quase que diário de empresas.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes-Seccional Amazonas (Abrasel-AM), Fábio Cunha, considera que ainda que os prazos para os pagamentos dos débitos sejam adiados, as empresas estão com o caixa negativo, sem qualquer recurso para quitação das dívidas.
“A postergação não ajuda em nada. Todos estão endividados ‘até o pescoço’ com linhas de crédito. Não tem dinheiro para pagar nada. Acabou o dinheiro”, disse com indignação.
Cunha ainda afirmou que as restrições ao funcionamento do setor impostas por meio dos decretos publicados pelo governo estadual, em combate à disseminação da Covid-19, têm motivado o fechamento de empresas diariamente e incentivado o comércio ilegal.
“Hoje a Cachaçaria do Dedé está fechando duas lojas. O governo, o Ministério Público, a Defensoria Pública, todos acham que esse é o curso normal das coisas, mas não é. As empresas estão fechando. Tudo está incentivando a clandestinidade, o não pagamento de impostos e contratações ilegais”, disse.
O presidente afirmou que uma das alternativas para o problema seria a intermediação junto ao Governo Federal solicitando subsídio ao setor e medidas como a suspensão de contratos de trabalho.
Reportagem: Priscila Caldas
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