Sindicato dos Metalúrgicos afirma que promoverá ato em alerta de greve na sexta-feira (8) com possível deflagração da paralisação na próxima semana.
Trabalhadores e empresários do PIM poderão entrar em greve (Foto: Reprodução)
O Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM) afirma que promoverá ato em alerta de greve na próxima sexta-feira (8) em reivindicação à alteração no Decreto 10.979/2022 do governo federal que inclui os produtos fabricados pelo Polo Industrial de Manaus (PIM) na lista de itens que terão o IPI reduzido em até 25%. Os sindicalistas realizam série de reuniões para alinhar a forma como o movimento acontecerá. A classe patronal também está sendo convocada para a reivindicação.
O presidente do Sindmetal-AM, Valdemir Santana, informou que o manifesto será direcionado ao governador Wilson Lima (União Brasil), solicitando que providências sejam tomadas na tentativa de reverter o decreto que prejudica a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM) frente à indústria nacional. Santana externa que da mesma forma que o governador esteve em encontro com o governo federal, Wilson Lima deve retomar o pleito para manter a continuidade das indústrias e dos empregos, no Amazonas.
“Faremos o ato na sexta-feira, dia 8, para chamar a atenção do governador Wilson Lima para que ele tome providências e peça ao governo federal que altere o decreto e exclua os produtos fabricados pela ZFM da lista de redução do imposto. Esperamos um posicionamento do governo estadual que parece ser chantageado pelo governo federal em troca de apoio”, disse.
Santana ainda disse que caso o governo do estado não tome providências quanto ao solicitado, os trabalhadores do PIM deverão deflagrar greve no início da próxima semana.
Segundo o secretário geral da Central Única dos Trabalhadores no Amazonas (CUT-AM), Waldir Azevedo, os empresários também estão sendo convidados para aderirem ao movimento reivindicatório.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Material Plástico de Manaus (Sindiplast), Francisco Brito, disse que o setor apoia o movimento que tem o intuito de manter a continuidade dos empregos, no estado.
“O governo federal não tem responsabilidade com quem produz, mas tem responsabilidade com o sistema financeiro. Nós vamos apoiar o movimento”, declarou.
O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, disse que é contra movimentos de greve ou paralisação, mas pontuou que movimentos reivindicatórios pacíficos e ordeiros são válidos.
“Toda manifestação em prol do modelo Zona Franca de Manaus que seja espontânea, ordeira, sem violência e sem qualquer viés político ou eleitoreiro, é legítima”, comentou.
O presidente da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, disse que acredita que a entidade não fará parte do movimento, mas que tomará conhecimento sobre o ato proposto pelo Sindmetal.
Texto: Priscila Caldas
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