Sindmetal-AM aponta que de janeiro de 2021 a janeiro de 2022 quase 9 mil pessoas foram demitidas no PIM. Fieam rebate e afirma que número é improcedente.
Sindicato aponta 9 mil desligamentos no PIM, mas Fieam rebate (Foto: Reprodução)
Levantamento do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM) aponta que de janeiro de 2021 a janeiro de 2022 quase 9 mil trabalhadores foram demitidos do Polo Industrial de Manaus (PIM). O número representa um aumento de 32% em relação ao primeiro mês de 2020 e de 2021. Segundo o sindicato, as empresas Philco/Britânia, Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda e Whirlpool Corporation no Brasil lideram o ranking de desligamentos.
O presidente do Sindmetal-AM, Valdemir Santana, afirma que dos quase 9 mil desligamentos, 2,6 mil correspondem aos contratos temporários e os demais, aos efetivos. Ele afirma que as empresas não justificam o motivo dos desligamentos.
Entre janeiro de 2020 e o primeiro mês de 2021 o sindicato registrou 6,8 mil desligamentos.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, afirma que ainda que no intervalo de janeiro de 2021 e janeiro de 2022 cerca de 9 mil pessoas tenham sido desligadas, o número de pessoas contratadas foi superior ao considerar o saldo positivo da mão de obra empregada no PIM.
Segundo os indicadores de desempenho do PIM, em novembro de 2021 o polo industrial contava com 103.232 trabalhadores entre efetivos e mão de obra temporária.
Conforme Silva, em dezembro, por exemplo, todo o segmento industrial da capital demitiu 2.979, mas contratou 2.337, um saldo negativo de 642 postos de trabalho.
“Todavia, esses números aventados se mostram muito discrepantes em relação à série histórica do Amazonas, nem durante o auge da pandemia em 2020 houve um número de desligamentos tão elevado”, disse.
Texto: Priscila Caldas
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