Devido o lockdown, empresas que transportavam cargas por navios adiantam o embarque e pressionam o setor aéreo. Cenário preocupa o segmento industrial do Amazonas.
Lockdown na China começa a refletir no transporte de cargas aéreas (Foto: Reprodução)
O novo surto de Covid-19 na China, seguido de decreto de lockdown, começa a comprometer o transporte de cargas e ameaça a continuidade da atividade industrial em Manaus. A Associação dos Fabricantes de Componentes da Amazônia (Aficam) afirma que empresas, na China, temem não conseguir transportar o produto no tempo previsto e adiantam o embarque, gerando disputa por espaço nas aeronaves em operação.
De acordo com o presidente da Aficam, Roberto Moreno, empresas que em período normal (sem Covid-19) transportam as cargas por navegação, se preocupam em não conseguir atender ao cliente no tempo previsto, em decorrência do lockdown, e adiantam o embarque, mas agora, por meio aéreo.
“O que as empresas do setor logístico nos informam é que a demanda por embarque de cargas por meio aéreo cresceu expressivamente. Cargas que são da modalidade aérea, começam ter mais disputa por espaço nos aviões. Isso começa a preocupar”, informou o empresário.
O novo surto da doença ocorre quando o setor industrial tenta retomar o ritmo das atividades, ainda afetado pela falta de insumos.
Segundo o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, o cenário de falta de insumos pode agravar ainda mais caso a China decida interromper as operações portuárias, como medida de restrição.
“A atividade em Manaus poderá ser afetada se a China aplicar as mesmas restrições adotadas anteriormente para as tripulações dos navios, fazendo com que as embarcações fiquem ‘presas’ por dias. Isso causará atrasos na chegada de insumos”, comentou.
Texto: Priscila Caldas
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